sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

SAUDAÇÃO Á ACADEMIA NACIONAL DE ECONOMIA PELOS 69 ANOS DE SUA FUNDAÇÃO Há 70 anos empresários brasileiros e autoridades organizaram o I Congresso de Economia, realizado pela bicentenária Associação Comercial do Rio de Janeiro - a Casa de Mauá - que hoje nos acolhe nesta sua imponente sede - o Palácio do Comércio. Homens de visão, inspirados pelos resultados auspiciosos daquele grande evento de âmbito nacional que mobilizou centenas de personalidades na então Capital Federal – nesta Cidade do Rio de Janeiro, decidiram um ano após constituir uma Academia de notáveis pensadores que viesse a agregar mentes brilhantes em torno dos principais temas que desafiavam o progresso e o desenvolvimento da Nação. Surgia, então, a Academia Nacional de Economia – a Academia Brasileira de Ciências Econômicas, Políticas e Sociais que nesta Assembleia celebra o seu 69º ano de fundação. Escolhidos os patronos inspiradores para as suas Cátedras, logo foram eleitos os Acadêmicos que ao longo destas décadas se sucederam em gerações de pensadores que contribuem, desde então, para a análise crítica e a formulação de teses e propostas que tragam a Nação brasileira aos patamares em que se destaca neste novo Século, colocando o Brasil dentre as economias de destaque e os mercados de relevância mundial. As organizações são o resultado da interação das pessoas que as constituem, afirmo baseado na observação da vida prática de inúmeros casos de empresas, entidades e organizações dos mais variados segmentos. Assim, a Academia Nacional de Economia tem sido uma organização de sucesso graças ao harmônico entendimento de seus ilustrados Acadêmicos, voltados todos ao bem comum e ao desenvolvimento do pensar como melhor forma de servir às expectativas de nossos concidadãos. As pessoas físicas – homens e mulheres – conforme avançam na idade cronológica, vão substituindo a vitalidade física pela experiência acumulada em sua existência. Já as organizações, com o passar do tempo, mais se consolidam e ganham energia através da causa que abraçam. Hoje, nesta Assembleia memorável, a Academia Nacional de Economia demonstra tal capacidade, justamente quando seu quadro de Acadêmicos Imortais se vê fortalecido pela assunção à Cátedra de 14 novos Imortais, todos de renome e reconhecimento, dentre os quais o mais jovem Reitor do Brasil. Uma mescla de homens e mulheres de todas as plagas deste País continental, de variadas formações, de diversos segmentos, de inúmeras aptidões, proporcionando que, sempre inspirados pelos Patronos de nossas Cátedras, e pelos Acadêmicos Imortalizados nestes 69 anos, produzam o que de melhor as mentes criativas desses Acadêmicos Titulares possa oferecer à sociedade. Nestes 69 anos, a Academia Nacional de Economia tem sido conduzida por abnegados líderes, desprovidos de qualquer interesse pessoal, que se revezaram em cargos de direção nacional e regional elevando sempre mais os propósitos acadêmicos que nos irmanam, que nos fazem Confreiras e Confrades. Esse legado há de ser preservado neste momento em que um ilustre magistrado, o Acadêmico Paulo Freitas Barata, Desembargador Federal com uma imaculada folha de serviços prestada à Nação brasileira, vê passar o segundo ano de sua presidência com um profícuo resultado em que a Academia, sem abrir mão de suas melhores tradições, caminha na trilha da modernização de seus processos administrativos, e acadêmicos, tornando a sua produção intelectual e o seu acervo cada mais acessível ao grande público através da rede mundial de computadores. Presidente Acadêmico Paulo Barata, nesta Assembleia, dedicamos a Você, e em seu nome a todos os que o antecederam, o agradecimento dos Acadêmicos e Acadêmicas Titulares e, de toda a sociedade que se vê favorecida pelo resultado de nosso esforço em pensar e repensar incessantemente os fenômenos que resultam da ação humana e impactam a sociedade. Nesta breve mensagem de celebração, quando o nobre gesto da gratidão é demonstrado pela outorga à Associação Comercial do Rio de Janeiro do Título da Ordem do Mérito das Ciências Econômicas, Políticas e Sociais, em reconhecimento ao fato histórico – o I Congresso de Economia, ventre fértil e generoso no qual a Academia foi gestada, e quando o mais novo Acadêmico de nossa história é admitido, auguramos que a Academia venha a ter vida longa e profícua, e que as gestões que lhe sucedam estreitem cada vez mais as nossas relações acadêmicas com a sociedade, especialmente com os jovens estudantes e com o corpo docente de nossas universidades em todo o País. Augusto Cury prefacia sua última obra com palavras que tomo emprestadas por considera-las oportunas à reflexão de todos. Diz o autor: “Nasci no Brasil, uma nação com mentes brilhantes, mais ainda pouco valorizadas no teatro das nações. ... Enquanto bebo o cálice dos dias numa vida brevíssima que se encena no teatro do tempo e logo se despede no último ato, procuro também dar um sentido para minha vida. A rotina tem múltiplas armadilhas e talvez a pior delas seja nos encarcerar na mesmice, não pensar em outras possibilidades, viver porque se está vivo ...” Nós, os Imortais da Academia Nacional de Economia, estamos atentos à evolução dos tempos, ao clamor dos movimentos sociais, à necessidade se pensar um novo modelo econômico que satisfaça as necessidades desse novo mundo em que a era Industrial está definitivamente superada pela era do saber, em que se busca a paz e a compreensão, em que os padrões éticos devam prevalecer e o respeito à Natureza seja uma prática comum a cada um e a todos os cidadãos, criando um ambiente efetivamente sustentável para as futuras gerações. Muito vimos nestes últimos 60 anos. Parafraseando Fernando Pessoa, concluo ao dizer: “A alma é divina e a obra é imperfeita. Esta Academia sinala ao vento e aos céus Que, da obra ousada, é nossa a parte feita: O por-fazer é só com Deus.” Vida longa à Academia Nacional de Economia. Sabedoria e inspiração a todos os seus Acadêmicos Titulares, meus pares, diante dos quais me curvo em sinal de respeito e admiração, e de gratidão por me acolherem em seu meio de tão elevado conhecimento. Que a paz e a compreensão prevaleçam entre os homens e mulheres de boa vontade por todo o mundo. Assim seja! Joper Padrão do Espirito Santo Academia Nacional de Economia Cátedra 23 Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 2013