domingo, 20 de março de 2016

NÓS O POVO BRASILEIRO

Um vídeo gravado pelo Presidente Ronald Reagan chegou a meu conhecimento neste Domingo (https://www.youtube.com/watch?v=9vcwKtl2Bp4).
A leitura do discurso é inspiradora. Especialmente ao cidadão comum, como eu, como você que lê estas linhas. Pessoas que votam. Pessoas que movem a Nação com o seu esforço e risco. Pessoas que se inquietam com os episódios. Episódios que se sucedem numa espiral crescente de escândalos. Escândalos que envolvem personalidades brasileiras de projeção internacional.

                                                                            Diz Ronald Reagan: “Nossa Revolução foi a primeira na História da Humanidade que realmente mudou o rumo do governo e como três pequenas palavras:  “We, the People” (Nós, o Povo).

Somos Nós, o povo que dizemos ao governo o que fazer e não o contrário.

Nós, o Povo,  somos o motorista, o governo é o carro e somos nós que decidimos para onde ele deve ir, por qual rota e em que velocidade.

Quase todas as constituições do mundo são documentos nos quais o Estado diz aos seus cidadãos quais são os seus privilégios.

Nossa Constituição é um documento pelo qual nós, o Povo, dizemos ao governo aquilo que lhe é permitido fazer.

Nós o povo somos livres.

Este princípio tem sido o fundamento de tudo o que procurei fazer nos últimos 8 anos. Mas lá nos anos 60, quando comecei, parecia que começávamos a inverter a ordem das coisas. Que através de mais e mais regras e regulamentações e tributação predatória, o governo confiscava mais do nosso dinheiro, mais de nossas opções e mais de nossa liberdade.

Entrei na política, em parte, para poder levantar a minha mão e dizer: PARE! Eu era um político cidadão e por isso parecia ser o correto para um cidadão fazer. Acho que conseguimos parar muito do que precisava ser detido. E espero ter, uma vez mais, recordado às pessoas que o homem não é livre a não ser que o governo seja limitado. Há uma relação de causa e efeito aqui, tão clara e previsível quanto as leis da física: à medida que o governo aumenta a liberdade diminui. “


O noticiário dos 70 dias de 2016, até aqui vividos, nos deixam perplexos.  Nós – o Povo – queremos bradar aos governantes, aos políticos, às autoridades, quem é o motorista – quem está na direção efetiva na nação. Recusamos que nos imponham interpretações de conversas deploráveis entre aqueles que confundem o ato da liderança, com a prática do feudalismo político-partidário. 
Fica claro para nós – o Povo – que a ordem das coisas está invertida por aqui. Como essas pessoas tentam justificar o injustificável, defender o indefensável?  É preciso dizer PARE! Para tal estado de coisas.
Agora à tarde retorno de Curitiba, onde presenciei um povo ordeiro manter-se sóbrio, equilibrado, mesmo diante de provocações descabidas. Os Curitibanos estão sabendo fazer do limão uma limonada. E prosseguem sua jornada de cidadania como uma verdadeira República dos bons valores.  
Lá, entre os pontos de interesse para o visitante, além do MON Museu Oscar Niemeyer,  do Jardim Botânico, da Ópera de Arame, do Bairro de Santa Felicidade e tantas outras atrações, inscrevem-se outros de igual importância para todos - Curitibanos e visitantes: as sedes da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Justiça Federal naquela Capital.
Sem dúvida, pontos a serem visitados, prestigiados e aplaudidos por nós – o Povo brasileiro.



Ilustrações:

quarta-feira, 16 de março de 2016

EUREKA! EUREKA!

NADA EXPLICA O INEXPLICÁVEL
Eu tinha, ainda, 30 anos incompletos. Conheci um ilustre brasileiro, o mineiro Gleuso Damasceno Duarte. Escrevia ele sobre Responsabilidade Social Corporativa. O professor  é um dos pioneiros na temática.
Lí seu livro. Fui ao seu encontro. Um dos privilégios que a vida me concedeu. Compartilhar do diálogo com mentes brilhantes é um prêmio do qual jamais abro mão. Até hoje seus ensinamentos me guiam.
Num dos capítulos de seu livro Responsabilidade Social – A Empresa Hoje (Livros Técnicos e Científicos, 1985) o Mestre conceitua o que é legal, o que seja moral,  para chegar ao que entende ser ético. O faz com um singelo desenho com 3 círculos: um menor, o legal; um médio, o moral; e um maior, o ético.
Impregnado por suas teses, passei a adotar esses conceitos. É usual que eu fale para pessoas de boa-vontade que me convidam para aguçar seus apetites de reflexão. Quando o faço em ambientes de gastronomia, peço ajuda ao garçom: “por favor, me empreste um prato de sobremesa, um outro prato raso e uma bandeja de aço, daquelas que você usa para transportar os pratos”.  Passo, então, a expor com uma demonstração objetiva do conceito de Gleuso. Apoio o prato de sobremesa de topo sobre uma superfície e falo sobre os limites do ”legal”.  Em seguida, coloco por trás, também de topo, o prato raso e trato sobre os aspectos da moralidade. Por fim, a bandeja de aço é colocada por trás de todos os pratos, e disserto sobre a Ética.
Simples assim!
Costumo tratar sobre o conceito de “legal” exemplificando as diferenças de alíquotas do Imposto Sobre Serviços em Municípios limítrofes. Um pode ter a alíquota maior que o outro, ou vice-versa.
Para o conceito do “moral” uso a metáfora dos trajes de banho em locais públicos para as mulheres, vis-a-vis  a cultura da monogamia e da poligamia, traçando paralelos entre os hábitos ocidentais e os praticados pelos povos  árabes.
Por fim, trato do conceito sobre a Ética, agregando o pensamento do teólogo Leonardo Boff  sobre “a morada do ser”.
Em resumo concluo adotando metáforas para que as pessoas reflitam que nem tudo que é legal, é ao mesmo tempo moral ou ético.
Pois bem, com as matérias que assisto neste momento no noticiário nacional e internacional, dando conta da decisão da Presidente da República de nomear um ex-Presidente para ocupar um cargo em seu Ministério, essas reflexões emergem em meus pensamentos.
A par de minha indignação como cidadão e eleitor, vejo repetidos os enganos da prática desses conceitos.  O ato anunciado pelo Palácio do Planalto pode ser revestido de legalidade. Cabe ao mandatário - Presidente da República - nomear seus Ministros. Mas será entendido pela sociedade - especialmente após as manifestações populares do último Domingo dia 13 e das denúncias do Ministério Público e investigações da operação lava-jato - como um ato moral?  Isso, sem  falar na questão da transgressão ética, caso o futuro venha a nos mostrar provas ainda mais dantescas que venham a ser oferecidas nos autos dos processos em curso.
Diz-se que Arquimedes, matemático da era clássica, da Sicília (Século III a.C), terá gritado, há mais de dois mil anos, “Eureka! Eureka” ao ter  descoberto que dois não podiam ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo.  É hora de rememorar o sábio italiano ... e manter o otimismo diante do futuro, confiando na sociedade e na sua capacidade de, mantendo a Ordem, continuar caminhando no sentido do Progresso, como feito no último Domingo por todo o Brasil.
Escrevo este texto do quarto do Hotel Golden Tulip, em Brasilia, vizinho ao Palácio do Planalto, onde me encontro hospedado para participar de um encontro do Conselho Federal de Contabilidade. De onde me encontro tenho a visão do o Lago Paranoá, paisagem comum aos Presidentes (agora, mais que nunca, é próprio escrever no plural ...) com os quais compartilho essa vista. . Sinto ímpetos de abrir a janela e, lembrando Arquimedes, gritar aos céus (por sinal, coberto com nuvens negras ... nada mais apropriado ...): Eureka!!!!!!  Eureka!!!!!!! torcendo para que os deuses me ouçam, pois ainda há tempo de uma ação divina que faça prevalecer o bom senso e mostre que as matérias que assisto são apenas um pesadelo. 

terça-feira, 15 de março de 2016

ORDEM E PROGRESSO

Domingo, 13 de março de 2016, data memorável inscrita na História do País.
“Mais de 3,3 milhões de pessoas foram às ruas em pelo menos 250 cidades brasileiras” 
Ironia de bom gosto imperava. Indignação foi demonstrada com bom humor. Pedalinhos navegaram no asfalto. Grades foram colocadas à frente daqueles para quem se pediam as prisões. Homens com fardas negras lembravam o japonês da federal. Monobloco inspirou o “Morobloco”, título estampado em camisetas. Uma gigantesca cobra, inspirada na cultura dos chineses, simbolizava uma conhecida jararaca. O Hino Nacional era cantado em coro repetidas vezes. Vozes incansáveis incentivavam a participação. As cores verde e amarelo predominaram por todo lado. Bandeiras do Brasil às milhares, milhares, nas mãos, sobre os ombros, de todas as maneiras. Homens e mulheres; jovens e idosos; altos e baixos; pessoas de todas as raças; a miscigenação que nos caracteriza se fez marcante.

Ordem e Progresso


Mais que palavras de ordem (e essas foram muitas, variadas, mas todas no mesmo sentido e intenção),  imperou o bom senso. Um fenômeno. Tanta gente, em tantos lugares, mantendo a paz como exemplo.  Nada de baderna. Em Brasilia, filas quilométricas se formaram ao final das manifestações para as pessoas se dirigirem a seus carros nos estacionamentos. Em São Paulo, contingentes extraordinários de cidadãos seguiam para as galerias do Metro.
Conseguimos fazer da grande crise que se agrava, um dia exemplar de união. Fez-se respeitaras diferenças, e valorizar o que nos era comum: a vontade de promover mudanças.
Se a Vida te der um limão faça uma limonada. (dito popular)
O povo clamava por progresso. E suas vozes ainda ecoam em nossa memória. E que persistam fazendo-se ser ouvida até mesmo por aqueles que se mostram surdos ao clamor de toda a Nação. Da Bandeira do Brasil o lema, de inspiração positivista, ganha as ruas, explode nossos corações, sai de nossas gargantas com vigor: ORDEM E PROGRESSO! É o que queremos todos. Já! Sem maiores delongas, sem qualquer tergiversação.


sábado, 12 de março de 2016

COM A IMPRENSA LIVRE A ÉTICA PREVALECE

SPOTLIGHT  o filme de Tom McCarthy, é muito mais do que apenas o vencedor do Oscar de 2016. É um tributo ao papel do jornalismo livre e independente. Mais ainda, do jornalismo investigativo. Da determinação de profissionais da comunicação incansáveis na busca da verdade e na defesa da ética.
Baseado em fatos reais, o premiado cineasta retrata o episódio em que um pequeno grupo de 4 jornalistas do The Boston Globe consegue expor à opinião pública internacional as chagas da pedofilia em meio religioso. A investigação trazida ao cinema foi de tamanha importância para a reversão do perverso quadro que molestou tantas e tantas crianças indefesas, por tanto tempo acobertado pela própria sociedade, que resultou no reconhecimento com o prêmio Pulitzer de Serviço Público de 2003 (http://www.pulitzer.org/prize-winners-by-year/2003).
Como nada nesse mundo é por acaso,  essa obra da sétima arte precisava chegar às nossas telas justamente nesse momento em que a livre imprensa no Brasil volta a reafirmar a sua importância para a Democracia.
Vem de longe esse relevante papel social.  Nesse sentido vale relembrar fatos de duas décadas atrás; fatos que envolveram personalidades que insistem e persistem em permanecer na cena política; fatos que mostraram  a determinação do povo brasileiro de manter a democracia como regime político. Relembrar a entrevista do irmão do então Presidente da República à Revista Veja em 24/05/1992, com denúncias que logo alcançaram o Congresso Nacional  (http://memoriaglobo.globo.com/programas/jornalismo/coberturas/impeachment-de-collor/as-denuncias-e-a-abertura-da-cpi.htm) e que, com a natural evolução  dos acontecimentos, resultaram no impeachment  do mandatário da Nação.
                       Nossa liberdade  depende da liberdade  de imprensa,  e ela não pode                         ser limitada sem ser perdida.                                                                                           Tomas Jefferson
Hoje lemos em nossas revistas noticiosas e nos  jornais impressos, assistimos na mídia eletrônica, e ouvimos pelas ondas dos rádios, os  fatos decorrentes dessa inesgotável fonte de denúncias das operações conduzidas por juízes federais, pelo Ministério Público, pela Policia Federal e pela Receita Federal. Uma enxurrada de informações lamentáveis levantando suspeições  sobre pessoas de destaque que ao invés de trazerem a público esclarecimentos convincentes, reagem com versões inverossímeis e, mais ainda, tentando culpar os veículos de comunicação simplesmente por desempenharem seu papel.
É hora das pessoas lúcidas, independentes e descomprometidas como eu, como você que me lê, como nós, levantarem suas vozes demonstrando o apoio uníssono ao trabalho da livre imprensa para que os corruptos sejam desmascarados e efetivamente punidos, na forma da Lei, para o bem geral da Nação.
                                       Foi o orgulho que transformou anjos em demônios, mas é a                                         humildade que faz de homens anjos.                                                                                 Aurelius Augustinus Hipponensi (Santo Agostinho)
Dedico boa parte de meu tempo profissional, e a experiência que acumulo com mais de cinco décadas como executivo de grandes empresas, a prestar consultoria a organizações interessadas em desenvolver e adotar seus códigos de ética, em benefício de suas relações corporativas com seus clientes e com a sociedade. Tenho a convicção de que o propósito da empresa de consultoria que represento em sociedade com a também experiente Patricia Sena, está alinhado com todo o esforço que os vários segmentos da sociedade brasileira vêm empreendendo.
                                           Quando a imprensa é livre, as vantagens da liberdade                                                  contrabalançam-lhe os inconvenientes.                                                                           Benjiamim Constant
Veremos, ao longo desse processo amplo, geral e irrestrito, que o futuro há de sorrir para esta geração, e para as que nos sucedam, por termos conseguido uma vez mais superar nossos obstáculos.
Papel relevante para a pavimentação desse  futuro será devido à livre imprensa. Aplausos, portanto, aos profissionais da comunicação que nos propiciam, pelas revelações de suas matérias jornalísticas, formar a opinião indispensável para a depuração do tecido social, banindo os percalços que impedem o soerguimento da sociedade humana.
Viva a livre imprensa! Aplausos aos briosos jornalistas daqui e dacolá.
(Ilustração colhida em http://www.envolverde.com.br/)