quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Boas Vindas ao Governador Wanderley Chieza

Afortunadamente o Conselho Diretor do Rotary Club RJ Tijuca me concede a honra de dirigir ao Governador Wanderley Chieza a saudação pela sua Visita Oficial a esta unidade rotária e a este tradicional bairro com tantas contribuições para a História do Rio de Janeiro.
Celebrados 252 anos de sua existência, a Tijuca viu nascer, em 1949, o seu Rotary Club que daqui a uma semana celebra 62 anos de ininterruptas atividades humanitárias voltadas à paz e à compreensão, causa que vem unindo gerações de profissionais e empresários tijucanos.
Na década de 50 aqui funcionavam indústrias cujos produtos eram consumidos por todos os brasileiros. Os Sabonetes Eucalol – cujas estampas eram o ambicionadas por milhares de colecionadores, fundada pelos irmãos Stern;  o Xarope Phimatosan – do gingle que crianças e adultos entoavam – Phimatosan, melhor não tem, é o amigo que lhe convém, fruto da genialidade do Dr. Thamires Protásio;  ou as Bombas Dancor – instaladas em residências e edifícios das grandes cidades aos menores lugarejos de todo o Brasil, surgida da criatividade de Daniel Correa, todos Rotarianos da Tijuca.

Tijuca que gestou empresas fabulosas como o Prontocor, nascida na residência da família Regalla, do memorável  casal Governador João Augusto e Dhyla Regalla. Tijuca que manteve por décadas a maior fábrica de produtos de tabaco do Brasil – a Souza Cruz,  que teve como Médico do Trabalho o saudoso Dr. Marino, igualmente inesquecível casal Governador Marino e Elza Gomes, ambos do Distrito 457.
Tijuca do Instituto de Educação, que teve Tônia Carrero como uma de suas “Normalistas”; do Colégio Militar do Rio de Janeiro – a Casa de Thomaz Coelho;  do Pedro II;  do Batista Sheppard; do São José Marista; do Regina Celi, Santos Anjos e tantos, tantos outros.

Grande Tijuca da UERJ, das Universidades Cândido Mendes e Veiga de Almeida. Tijuca do Hospital Pedro Ernesto, da Policlína Naval N. Sra. da Glória, da Marinha do Brasil, do Hospital da Venerável Ordem Terceira da Penitência – com maior número de leitos do Rio de Janeiro – da UPA e postos municipais de saúde, e de tantas clínicas particulares. Da Praça Governador Marino Gomes Ferreira do Rotary International, das Praças da Bandeira, dos Cavalinhos – a Xavier de Brito, do polo gastronômico – a Varnhagem – e do eterno América – a Afonso Pena.
Tijuca dos Clubes sociais como o Tijuca Tênis Club, parceiro de todas as horas e que acolhe as reuniões do Rotary Tijuca há décadas seguidas; do Montanha Club, onde desde 1949 rotarianos plantam  Árvores da Amizade, e onde é mantido,  desde 2001, o Bosque da Amizade do Rotary Tijuca; do Club Municipal, Monte Sinai, e inúmeras entidades de preservação de cultura lusitana.

Tijuca dos templos religiosos de todas as crenças, de católicos romanos e ortodoxos, evangélicos, judaicos, islâmicos e espiritas.

No Rotary Tijuca quando nos referimos à Grande Tijuca,  tratamos dos limites territoriais deste Clube. Perímetro delimitado por uma linha imaginária que, partindo do Cristo Redentor, segue até a Praça da Bandeira, de lá pela linha do trem até o Viaduto da Mangueira, sobe até o Pico da Tijuca, de onde volta até encontrar seu ponto de partida, o símbolo da Cristandade  e um dos sete monumentos do Mundo Moderno . Uma área fabulosa, habitada por um povo pacato, criativo, alegre,  progressista e acolhedor – o Tijucano.

Tijuca das Escolas de Samba (entre estas duas campeãs – o Salgueiro e a Unidos da Tijuca), das comunidades, hoje pacificadas  (Rotarianos dedicam todos os seus esforços à construção da Paz, como os Comandantes e Praças dessas unidades militares)  com suas UPPs que propiciam integração de irmãos, o acesso a serviços públicos e o desenvolvimento socioeconômico dessas áreas. Tijuca do 1º Batalhão da Polícia do Exército, do 6º Batalhão da Polícia Militar, do 11º Grupamento de Bombeiros Militares, da Guarda Municipal – que aqui experimentou, com sucesso, a primeira UOP Unidade de Ordem Pública da Capital.
Tijuca da Floresta tombada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade. Tijuca que participa ativamente dos megaeventos que serão realizados na Cidade Maravilhosa, com o Maracanã como palco do jogo de encerramento da Copa do Mundo de 2014 e destaque dos Jogos Olímpicos de 2016.

Tijuca que com tantos e tantos predicados, inspira líderes profissionais e empresários à prestação de serviços voluntários em torno da causa maior de Rotary – Paz e Comprreensão, e que nos leva a trabalhar com inesgotável entusiasmo e alegria, irmanados por companheirismo contagiante.

Rotary Tijuca detentor do Prêmio Paul Harris 1964 – 1966 pela criação das salas oficinas e da FRET Fundação Rotária de Educação para o Trabalho; Rotary Tijuca que implantou a Creche Patinho Feliz com a dedicação do inesquecível Companheiro José Siqueira; que emprestou duas de suas companheiras para presidir a Casa da Amizade da Família Rotária do Rio de Janeiro -  Ivette de Castro Siqueira – a mais idosa Rotariana, falecida aos 99 anos de idade em plena atividade rotária, e da hoje mais antiga – sem que seja  a mais idosa – Sônia Assis; que presidiu a APAR – Associação Patrulha Jovem do Rio – com este Companheiro que lhes fala, e o Centro de Estudos Rotários – com o Governador Bemvindo Dias.

Rotary Tijuca do planejamento estratégico e das parcerias com a Casa Ronald McDonald – de apoio ao humanitário a jovens em tratamento do câncer infanto-juvenil; com a Sociedade de Amigos da Pediatria do Hospital Gafrée e Guinle – SAPE, que hoje recebe doações de nossos generosos visitantes e que são destinadas às crianças portadoras de HIV; o Sodalício da Sacra Família, que acolhe meninas e moças deficientes visuais; a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE, aqui nascida na Casa das Palmeiras.

Rotary Tijuca – imortalizado pelo saudoso Companheiro Celso Macedo em seus versos como O BOM PRA VALER - dos jovens intercambiados, do Papai Noel Comunitário, do plantio de Árvores da Amizade em logradouros públicos, do envolvimento e da participação comunitária. Das saudáveis e frutuosas relações com a Sub-Prefeitura da Grande Tijuca e com a Administração Regional do Bairro.

Rotary Tijuca da Fundação Rotária, com dezenas de Companheiros Paul Harris, com membros da Paul Harris Society, das relações internacionais e de geminação que irmana três continentes, com os Rotary Clubs de Vila Nova de Gaia – em Portugal, de Luanda – em Angola e de Calgary – Olympic, no Canadá.
Rotary Tijuca do Grupo de Apoio, formado por nossos cônjuges e do Rotaract Tijuca, por nossos jovens parceiros no servir desde 1991.

É este bairro, estimado Governador Chieza, e este Rotary Club, que recebe o Companheiro  com alegria e entusiasmo. Você que decidiu dedicar um ano de sua vida para incentivar seus mais de 1.400 companheiros espalhados por 68 Rotary Clubs na Capital, Cidades da Baixada e Petrópolis.

Você merece nosso respeito e admiração por compartilhar de boa parte do tempo que dedica a sua vida familiar e profissional para servir como  motor exemplar para todos os Rotarianos.

O Companheiro Wanderley Chieza, senhoras e senhores,  é um contabilista que há mais de 4 décadas milita em seu atividade profissional, com sua empresa estabelecida na Barra da Tijuca – a ACEF Assessoria Contábil, Econômica e Fiscal.
O Governador Chieza  é um daqueles de quem se pode dizer tratar-se de um profissional multidimensional, conciliando a competência e dedicação empresarial testada pelo mercado e aprovada por seus clientes, com o gosto pela cultura e com a prática do voluntariado. Tal qual propunha o modelo idealizado por Peter Drucker, é um homem feliz tanto pelas realizações familiares, quanto sociais. Um homem que sabe medir o seu efetivo senso de compartilhamento dos desafios da comunidade.

O Governador Chieza certamente é um autêntico exemplo de alguém que procura conhecer a si mesmo a cada dia para envolver a Humanidade com o exemplo de sua conduta reta e inspiradora.

É com essas palavras e com o melhor carinho que lhe podemos oferecer que a comunidade tijucana lhe dá Boas Vindas,  Governador Wanderley Chieza. Que sua trajetória, ao lado de sua amável esposa Elza, seja  coroada de sucesso. Que o resultado de sua dedicação seja frutuoso. Vida longa e feliz ao Casal Chieza. De pé, saudemos o casal com o nosso mais caloroso aplauso de agradecimento e acolhida. Boa Ventura Governador Chieza!

 Tijuca Tênis Club, Dezembro 07, 2011

Os Desafios do Lions e do Rotary diante das tecnologias e valores do novo Século


A tecnologia da informação e os valores do novo Século são desafios para organizações centenárias que emergem do mundo dos negócios, formadas por profissionais e empresários que dedicam parcela significativa de seu tempo e recursos no apoio e desenvolvimento de projetos humanitários, com extensa folha de serviços à Humanidade, como o Lions e o Rotary.Mas, assim como um copo com metade de seu volume com água pode ser visto como meio vazio, ou meio cheio, esse mesmo binômio – tecnologia e valores – pode ser considerado como desafio, no sentido de problema, ou oportunidade, como chance para a pavimentação de nossas estradas pelo presente e futuro próximo.

Ao mesmo tempo em que as comunicações virtuais nos mostram um novo contingente de jovens plugados na rede mundial pela Internet, tendentes a um suposto isolamento, ensimesmados em suas telinhas, essas mesmas redes servem de meio para que grandes concentrações populares possam ser espontânea e rapidamente convocadas, como no caso da última passeata contra a corrupção em várias cidades do Brasil, quando milhares de pessoas foram à ruas movidas por contatos pelo Facebook.

Assim como o noticiário nos coloca diante de fatos que denigrem a condição humana que nos levam a entender que os valores sociais possam estar em estado de degradação, vê-se por outro lado a consciência crescente no sentido da reversão dos danos provocados à Natureza, num clamor pela ética que possa restabelecer o equilíbrio necessário que garanta condições de vida para as gerações futuras, como é o caso do Plano Visão 2050 produzido pelo empresariado que integra o World Business Council for Sustainable Development em busca da efetiva sustentabilidade no mundo dos negócios.

A evolução da tecnologia tem sido uma mola propulsora do desenvolvimento social em todos os campos de sua aplicação. Será, então, um desafio para Leões e Rotarianos? Em nossas empresas a adotamos para incrementar nossas atividades. O mesmo podemos fazer em nossas entidades.

No Século passado sobrevivemos a duas Grandes Guerras, enfrentamos as adversidades de cada época, superamos as mazelas de mundos divididos e nossas entidades cresceram. Nestas últimas décadas o Muro de Berlim foi derrubado e mercados comuns foram estabelecidos, como o Europeu.

Nesse mesmo mundo, empresários se mostram sensíveis à implementação de programas corporativos com investimentos comunitários de significativa relevância. São homens e mulheres dinâmicos que vislumbram oportunidades na área de responsabilidade social. Certamente, têm o perfil idêntico ao de companheiros Leões e Rotarianos, mas aos quais nos falta demonstrar o quanto nossas entidades podem servir a seus legítimos ideais corporativos.

Se, então, as tecnologias e os valores podem ser fatores propulsores do crescimento de nossos quadros associativos, quais serão então os obstáculos com os quais nos defrontamos?

Steven Covey explora em seu livro O 8º Hábito, um conjunto de entrevistas com alemães que habitavam Berlim Ocidental e Berlim Oriental antes e depois da queda do muro. As entrevistas gravadas nos mostram que as mesmas pessoas que sofriam com a separação que os tijolos lhes impunha, que lutaram por sua derrubada, logo em seguida à queda passaram a sentir a sua falta. Incrível, mas as diferenças culturais lhes fizeram "sentir falta" do muro .
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Conclui, então, o autor que os muros mais difíceis de serem derrubados são os "muros interiores" que criamos em nossas mentes e no modo de ver e entender a mudança.

Esse, então, pode ser um dos desafios de entidades centenárias: a adaptação à mudança!

Nesse sentido, também devemos ter otimismo. Temos evoluído ao longo dos tempos. Esta reunião conjunta, fruto da iniciativa do Lions Club do Rio de janeiro e que encontra no Rotary Club da Tijuca ressonância, é um exemplo desse constante espírito de saudável adaptação à mudança. Estamos fazendo História!

Outras iniciativas como esta ocorrem pelo Mundo. Em Marilia, progressista Cidade do Interior de São Paulo, o Governador de Rotary – Márcio Medeiros, e o Governador de Lions – Ricardo Komatsu, já acertaram para o mês de março de 2012 um encontro conjunto. Lá estarei para, ao lado de um Companheiro em Lions (provavelmente Augusto Soliva – de São José dos Campos), prosseguir na caminhada iniciada em maio de 2002, quando a Governadora de Lions entronizou a Bandeira dessa fabulosa organização na Conferência do Distrito 4570 de Rotary International, na Casa de Espanha.

É imperativo que se compreenda o resultado positivo das parcerias do bem. Do quanto o trabalho conjunto pode ser frutuoso para todos.

Além da adaptação à mudança, um segundo aspecto a considerar deve ser o da compreensão do público-alvo que se pretende alcançar: Líderes profissionais e empresariais que ainda faltam conhecer nossas organizações. Esses homens e mulheres são muitos exigentes quanto à disponibilidade de seu tempo. Precisam sentir eficácia nas ações para se aproximarem e manter efetivo interesse. Trazem consigo redes de relacionamentos profissionais com os mesmos requisitos. E é nosso desafio mostrar-lhes uma face de resultados efetivos, de praticidade e da sinergia que resulta de suas inserções em nossas redes mundiais.

Em resumo, companheiros e companheiros em Lions e em Rotary: os avanços tecnológicos e os valores dessa sociedade da qual fazemos parte podem ser propulsores do fortalecimento de nossos propósitos humanitários. É nosso desafio manter constante atitude proativa diante da mudança dos tempos, como protagonistas da História, e fazer com que nossas redes de companheiros se expanda com a adesão de novos contingentes de líderes que com o seu modo de ver a vida, possam agregar suas experiências em favor do desenvolvimento humano.

Líderes são como águias: não se acham em profusão. Eles se destacam entre os demais e permanecem fiéis aos compromissos assumidos. Assim acreditamos. Líderes anseiam por estar próximos de batalhadores e vencedores; jamais de vencidos, derrotados ou derrotistas. Precisamos, pois, perseverar em nossos propósitos, elevando cada vez mais alta as bandeiras de Lions e de Rotary em nossas comunidades, em favor da paz e da compreensão entre os homens.

Conhecendo a nós mesmos, conseguiremos envolver a Humanidade. Humanidade que é a Nossa Missão. Eu acredito!

Isto é Rotary! Isto é Lions! Vida longa a essas fabulosas organizações!

ACRJ, 19 de outubro de 2011.