domingo, 26 de outubro de 2014



Uma Grande Prova
Neste Domingo Histórico, dia da votação em segundo turno para as eleições presidenciais e em alguns Estados em segundo turno, recebi uma sequência de mensagens pelo Whatsapp dando conta de uma denúncia de grande gravidade: o doleiro Youssef teria sido vítima de um atentado por envenenamento!
Eram mensagens de pessoas de meu relacionamento que merecem minha credibilidade, sem exceção.
Embora eu nada soubesse a respeito, logo veio à minha mente uma pergunta que faço a cada desafio que enfrento no dia-a-dia: É a Verdade?
Desde jovem eu ouço e leio em diversas fontes sobre a fábula atribuída a Sócrates, num suposto diálogo travado com Augustus, conhecida como “As Três Peneiras”.  Nos dias atuais essa fábula consta de tantos sítios na Internet que aparece até numa página do Senado Federal, transcrita no portal do servidor por Paulo Ricardo Meira (ver em http://www.senado.gov.br/senado/portaldoservidor/jornal/Jornal122/mania_escrever_socrates.aspx).
Nessa conversa, Sócrates diante de uma intriga formulada por Augustus a respeito de uma terceira pessoa teria logo respondido:
“Espere um pouco, Augustus. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?“
“- Peneiras? Que peneiras?”
“- Sim. A primeira, Augustus, é a da VERDADE. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro?“
“- Não. Como posso saber? O que sei, foi o que me contaram!”
Anos mais tarde, em 1996, ao ser admitido como associado do Rotary Club do Rio de Janeiro – Tijuca, passei a lidar com uma máxima adotada pela organização internacional,  fruto da experiência de um empresário estadunidense de nome Herbert J. Taylor que em 1932, presidindo a empresa "Club Aluminum Company", estabeleceu um pacto com seus funcionários, do que  a Companhia emergiu do estado pré-falimentar. Conhecida como A Prova Quádrupla, essas indagações junto com o seu comprometimento com o quadro de funcionários e a sua postura ética nos negócios levou a Empresa à sua recuperação.
Os direitos autorais foram cedidos pelo Companheiro Herbert Taylor a Rotary International que patenteou a Prova Quádrupla nos seguintes termos:
“Do que nós pensamos, dizemos ou fazemos:.
1. É a VERDADE?
2. É JUSTO para todos os interessados?
3. Criará BOA VONTADE e MELHORES AMIZADES?
4. Será BENÉFICO para todos os interessados?”
Desde que me tornei um rotariano passei, então, a adotar esses princípios como conduta pessoal em todas as minhas atitudes. Ora, hoje pela manhã mantive a regra.
Cada mensagem recebida sobre o suposto atentado ao doleiro foi prontamente respondida com a seguinte pergunta: “Será verdade?” E pouco tempo levou para que os emitentes logo começassem a dizer tratar-se de uma “suposta” informação de fonte confiável.
Naquele momento os brasileiros estavam se dirigindo às urnas e certamente um acontecimento dessa ordem poderia alterar o rumo da História. Então, dando trato às minhas caraminholas, pensei comigo mesmo: será que a tendência política em favor de determinado candidato seria motivo razoável para que pessoas de boa-fé se deixassem serem veículos de uma falsa verdade, para mudar a decisão do voto dos eleitores?
A cada uma dessas pessoas, a quem dedico atenção e respeito, respondi finalizando a troca de mensagens com uma sentença delicada, em que lhes disse: “Verdade, ou falsa verdade .... Lamentável!”.
Se verdade, lamentável que alguém tivesse tido a capacidade de ousar contra uma vida humana, fosse qual fosse a base de sustentação de um ato de atentado. Se falsa verdade,  lamentável que as pessoas de boa reputação se deixassem levar pelo calor do desejo de ver seu sonho realizado, fazendo-se porta-vozes de algo irreal.
Desse episódio, fica a lição do quanto essa é, foi e será uma Grande Prova – a Prova Quádrupla do que pensamos, dizemos ou fazemos. Como o mundo seria diferente se as pessoas tivessem sempre atentas a esses princípios de conduta.

Joper Padrão do Espirito Santo
(imagem colhida no site do Rotary Club de Santos - Vila Belmiro http://www.rcsvilabelmiro.org.br/prova_quadrupla/)

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A CASA QUE O AMOR CONSTRUIU COMPLETA 20 ANOS DE BONS SERVIÇOS
O Rio de Janeiro é uma Cidade vocacionada a ser o grande palco de estreia de acontecimentos históricos marcantes para a sociedade brasileira e para a Humanidade.
Solo fértil e generoso onde sementes plantadas germinam com vitalidade.
Aqui a generosidade humana e as atitudes de solidariedade são marcas indiscutíveis. E dentre tantas e tantas demonstrações que sustentam essa afirmação, encontramos aqui semeada a “Casa Que o Amor Construiu”, forma mais que apropriada pela qual voluntários e apoiadores tratam a Casa Ronald McDonald do Rio, a primeira do Brasil, que há 20 anos surgia no bairro da Tijuca e que beneficiou ao longo dessas duas décadas um expressivo contingente de crianças e adolescentes, e seus familiares.
A Associação de Apoio à Criança com Neoplasia do Rio de Janeiro surge da compreensão de uma família tijucana que, ao ver seu menino querido acometido de câncer fatal, transforma a dor da perda, no ganho da perseverança de dar suporte a outros jovens que lutam, igualmente, por suas vidas. É a forma real de dar vida ao ditado popular de transformar o limão margo numa deliciosa limonada.
Uma obra exemplar que merece ser apoiada como fazem as centenas de voluntários e líderes que se somam na administração e manutenção da Casa Ronald.
Conhecer o trabalho realizado e visitar as instalações na Rua Pedro Guedes, 44, na Tijuca, é o mais autêntico meio de ser contagiado pela alegria das crianças e pela esperança dos familiares que as acompanham na luta pela cura.
Vida longa a esta magnifica obra. Há de haver permanente inspiração divina a entusiasmar todas as pessoas de boa-vontade que somam suas forças em torno desse ideal, da Casa Que o Amor Construiu e Há de Manter por todo o sempre.
Joper Padrão do Espirito Santo
Membro do Conselho de Administração
Casa Ronald McDonald (com muita honra!)



TRIBUTO A ANDRÉ TRIGUEIRO

Na reunião de 19 de setembro de 2014 do Conselho Empresarial do Meio Ambiente e Sustentabilidade da Associação Comercial do Rio de Janeiro dirigi um discurso de saudação e homenagem ao jornalista e amigo André Trigueiro, traçando um breve resumo de seu vasto Curriculum.

André, Amigo pessoal, prefaciador de meu livro "Construindo o Futuro - Novas Gerações na Trilha da Responsabilidade Social" é uma pessoa cuja imagem, quando exibida na tela dos televisores, logo traduz a curiosidade por uma notícia auspiciosa, otimista, com visão positiva da vida e das relações do homem com a Natureza.

Cidadão de valor, merece o tributo de brasileiros que, como eu, têm em sua pessoa a dimensão do grande homem que veio ao mundo para agregar valor em tudo o que faz.

André Trigueiro formou-se em jornalismo pela UniverCidade em 1988.  Foi repórter e apresentador da GloboNews onde apresentou, desde 1996 e por seis anos consecutivos, o Jornal das Dez e o programa Cidades e Soluções.

Atualmente, Trigueiro continua como editor-chefe do Cidades e Soluções e está na Rede Globo, onde tem um quadro quinzenal sobre sustentabilidade no Jornal da Globo, é repórter dos telejornais da casa e apresenta eventualmente o Bom Dia Rio, o Brasil TV e o RJTV. Também continua como colunista da Rádio CBN – Central Brasileira de Noticias nos fins de semana.

É pós-graduado em Gestão Ambiental pela COPPE/UFRJ. Criador e professor da disciplina “Jornalismo Ambiental” no Curso de Cominicação Social da PUC Rio

É coordenador do livro Meio Ambiente no Século 21 (Editora Armazém do Ipê/Autores Associados, 2005) e autor dos livros Mundo Sustentável - "Abrindo Espaço na Mídia para um Planeta em transformação" (Editora Globo, 2005) e Espiritismo e Ecologia (Ed. Federação Espírita Brasileira, 2009).

Prefaciou o livro Construindo o Futuro – Novas Gerações na Trilha da Responsabilidade Social, (Editorioa) de minha autoria.

Desde 2006 é editor-chefe do Programa Cidades e Soluções, pelo qual recebu vários prêmios. Foi agraciado com o Prêmio “Comunique-se” na categoria Jornalista de Sustentabilidade (2007). Recebeu o Prêmio “Ethos” de Jornalismo 2008, pelo conjunto da obra em responsabilidade social e desenvolvimento sustentável na categoria TV.
Apresentador do quadro Mundo Sustentável aos Sábados e Domingos na Rádio CBN e Ecologia e Cultura na Rádio Rio de Janeiro.

Por sua decisão, a totalidade dos direitos autorias de sua obra Mundo Sustentável foi doada ao Centro de Valorização da Vida CVV, associação filantrópica sem vinculações políticas ou religiosas de desde 1962 realiza um serviço voluntário, gratuito, 24 horas por dia, e apoio emocional e prevenção de suicídio.
Recebeu em 2008 a medalha Pedro Ernesto, a mais importante comenda do Municipio do Rio de Janeiro. Da mesma forma, foi homenageado pelo Rotary International com o Prêmio de Responsabilidade Social e pela Presidência da Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Joper Padrão do Espirito Santo
Homenagem a André Trigueiro
Associação Comercial do Rio de Janeiro em 19/9/2014

quinta-feira, 23 de outubro de 2014


Neste dia 24 de outubro de 2014 é celebrado o 69º aniversário da existência oficial de uma das mais importantes organizações criadas para o bem da humanidade e a paz entre os homens: as Nações Unidas.

Organizações internacionais que precederam a ONU

A Revolução Industrial trouxe grandes avanços para a sociedade moderna, mas também fez realçar diferenças que sempre existiram entre os povos do mundo.

Em 1850 Londres era a primeira cidade a mostrar uma tendência inexorável, quando a capital da Inglaterra exibiu no meio urbano um contingente populacional maior que a população rural naquele País europeu.

Desde o Século XIX organismos internacionais foram criados para propiciar um ambiente de cooperação em assuntos específicos. Assim surgiram a União Telegráfica Internacional em 1865 (hoje conhecida como União Internacional de Telecomunicações - ITU) e, a União Postal Universal – UPU em 1874, organismos hoje transformados em agências do Sistema das Nações Unidas.

Os problemas que comprometiam a paz entre as Nações se avolumavam. O clima gestava a beligerância, o que induziu à realização da primeira Conferência Internacional para a Paz, em Haia, em 1899 e oito anos após, em 1907, a segunda rodada de negociações para a elaboração de instrumentos para a resolução de conflitos de maneira pacífica, para a prevenção de guerras e o estabelecimento de regras na eventualidade da ocorrência de hostilidades.

Foi nesta segunda Conferência Internacional para a Paz que Rui Barbosa notabilizou-se pela sua participação decisiva na defesa do princípio da igualdade dos estados, atuação que lhe rendeu o título honorífico de “O Águia de Haia”.

Entre 1914 e 1918 o Mundo via acontecer, com perplexidade, a Primeira Grande Guerra. Como reflexo, após o armistício, o mapa da Europa Ocidental era redesenhado. Uma nova correlação de forças regia as Nações de então.

Nesse cenário era firmado em Paris, em 1919, o Tratado de Versailles que na sua Parte I, dedicada ao Pacto da Sociedade das Nações, criava o organismo que viria ser conhecido como a Liga das Nações, com sede em Genebra, cuja Carta foi firmada por 44 Estados.

A Liga das Nações, predecessora das Nações Unidas, deixou de existir por causa da impossibilidade de evitar a II Guerra Mundial.

A Organização das Nações Unidas

Entre 1939 e 1945 a Europa era palco de um conflito de dimensões até então jamais experimentado: a Segunda Guerra Mundial, ou a Segunda Grande Guerra envolvendo todas as grandes potências da época alinhadas em duas alianças militares opostas: os Aliados de um lado e os países de Eixo do outro.

Ao ver a devastação de dezenas de países e sentir a perda de milhões de vidas de seres humanos, a comunidade internacional passou a nutrir um sentimento generalizado de que era necessário encontrar uma forma para manter a paz entre os países.

Para gestar a intenção de criar a ONU foram necessários anos de planejamento e dezenas de horas de discussões antes do surgimento da Organização.

A denominação Nações Unidas foi sugerida pelo presidente estadunidense Franklin Roosevelt e utilizada pela primeira vez na Declaração das Nações Unidas, de 1º de janeiro de 1942, quando os representantes de 26 países assumiram o compromisso de que seus governos continuariam lutando contra as potências do Eixo.

Entre 25 de abril e 26 de junho de 1945 foi realizada em São Francisco a Conferência sobre a Organização Internacional durante a qual foi elaborada a Carta das Nações Unidas por representantes de 50 países presentes àquele evento de grande magnitude.

Em 24 de outubro daquele mesmo ano, após a ratificação da Carta pela China, Estados Unidos, França, Reino Unido e a ex-União Soviética, bem como pela maioria dos países signatários, foi formalizada a criação das Nações Unidas, data que marca a celebração de sua fundação como o “Dia das Nações Unidas”.

A primeira Assembleia Geral, realizada em 1946, em Londres decidiu que a sede permanente da Organização seria nos Estados Unidos o que levou o empresário John D. Rockefeller Jr. a oferecer cerca de oito milhões de dólares para a compra de parte dos terrenos na margem do East River, na ilha de Manhattan, em Nova York sendo o restante dos terrenos doados pela administração pública da cidade escolhida para sediar a nova organização.

Atualmente, além da estrutura central em Nova York, as Nações Unidas têm sedes em Genebra (Suíça), Viena (Áustria), Nairóbi (Quênia), Addis Abeba (Etiópia), Bangcoc (Tailândia), Beirute (Líbano) e Santiago (Chile), além de escritórios espalhados em grande parte do mundo.

 O Brasil e as Nações Unidas

O Brasil é membro fundador das Nações Unidas e participa de todas as suas agências especializadas, além de destacar-se entre os vinte maiores contribuintes da Organização em operações de paz e esforços de manutenção da paz como no Oriente Médio, no ex-Congo Belga, em Chipre, Angola, Moçambique, Timor-Leste e Haiti.

Em 1947 coube ao Diplomata brasileiro Oswaldo Aranha presidir a Sessão inaugural Especial da Assembleia Geral das Nações Unidas e proferir o primeiro discurso oficial, donde decorre a tradição que perdura até os dias atuais de ser um representante do Brasil a fazer o discurso de abertura das Assembleias anuais até os dias de hoje.

Por dez vezes o Brasil foi eleito para integrar o Conselho de Segurança da ONU e, junto com o Japão, é o País que tem servido por maior número de anos como membro eleito.

Ao longo da História, o Brasil registra a participação em 33 operações das Nações Unidas com suas tropas e diplomatas. Dentre estes, um destaque especial para o eminente carioca Sérgio Vieira de Mello, morto em ação de paz em Bagdá no ano de 2003, enquanto Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, vítima de atentado terrorista que tirou a sua vida junto com outras 21 pessoas que trabalhavam sob sua liderança no posto nas Nações Unidas no Iraque.

O Rotary e as Nações Unidas

A real dimensão das relações históricas entre o Rotary e as Nações Unidas pode ser conhecida pela adequada interpretação dos dados oficiais que retratam o importante papel dessas duas grandiosas entidades..

É fato, por exemplo, que as Nações Unidas reconhecem como “Membros Observadores” alguns poucos Estados que não são membros e algumas organizações internacionais, organizações não-governamentais ou entidades cuja soberania e status não são precisamente definidos. No site da United Nations http://www.un.org/en/ga/about/observers.shtml é disponível a lista completa desses “Membros Observadores”.

Algumas organizações não governamentais que possuem um trabalho expressivo em questões humanitárias podem adquirir o status de consultor junto à ONU. O Rotary International possui o status de “General Consultative”, o mais elevado dentre os três graus de consultores (os outros dois são o “Special” e “Roster”), destinado a organizações não governamentais de atuação global, e que estão envolvidas em diversas atividades humanitárias, extrapolando até mesmo o escopo das áreas de enfoque da própria ONU.

Desde 1993 o Rotary International participa nesse importante papel como General Consultative do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas junto com organizações como o Lions Internacional, Médicos Sem Fronteiras, Save The Children International, Hope International, Greenpeace e outras organizações não governamentais de destaque pela sua incansável atuação para o desenvolvimento da Humanidade. Em http://esango.un.org/paperless/Web?page=static&content=intro existe a definição completa dos tipos de “Consultores” e a lista das entidades reconhecidas.

O Rotary possui uma ampla história junto à ONU, estando presente desde a sua fundação até os momentos históricos chave. Existem publicações oficiais que traçam essa linha do tempo com riqueza de detalhes.

Especial destaque para atuação do Rotary International, da Fundação Rotária, de parceiros e do Rotarianos no combate à Poliomielite em apoio às ações da Organização Mundial da Saúde. Além de vultosos investimentos financeiros, os Rotarianos formam um fabuloso contingente de voluntários levando as vacinas às crianças em todos os países, feito esse documentando pelo brasileiro Sebastião Salgado em sua notável obra “O Fim da Pólio”  editada pela Companhia das Letras (ver em http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=11711)

As Nações Unidas e os desafios do Novo Século

Terrorismo, guerras entre países, conflitos étnicos e religiosos, incompreensão, limites inaceitáveis à liberdade do “outro”; calamidades, mudanças climáticas, aquecimento global, secas, inundações; fome, analfabetismo, epidemias, falta de habitações, populações sem acesso a água potável e saneamento básico; desigualdades econômicas,  desemprego, o poder pelo poder, espionagens, invasão de privacidade, e uma lista interminável de problemas se acumula e cresce a cada dia com a incansável criatividade do ser humano, desafiando as condições favoráveis à paz e à compreensão.

As Nações Unidas precisam ser fortalecidas cada dia mais e mais como Fórum privilegiado aonde as questões devem ser debatidas e equacionadas preliminarmente como antídoto a tantas intervenções do ser humano em detrimento de seu próprio desenvolvimento como espécie.

Os propósitos das Nações Unidas são:

·     Manter a paz e a segurança internacionais;

·     Desenvolver relações amistosas entre as nações;

·     Realizar a cooperação internacional para resolver os problemas mundiais de caráter econômico, social, cultural e humanitário, promovendo o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais;

·     Ser um centro destinado a harmonizar a ação dos povos para a consecução desses objetivos comuns.

As Nações Unidas agem de acordo com os seguintes princípios:

·     A Organização se baseia no principio da igualdade soberana de todos seus membros;

·     Todos os membros se obrigam a cumprir de boa fé os compromissos da Carta;

·     Todos deverão resolver suas controvérsias internacionais por meios pacíficos, de modo que não sejam ameaçadas a paz, a segurança e a justiça internacionais;

·     Todos deverão abster-se em suas relações internacionais de recorrer à ameaça ou ao emprego da força contra outros Estados;

·     Todos deverão dar assistência às Nações Unidas em qualquer medida que a Organização tomar em conformidade com os preceitos da Carta, abstendo-se de prestar auxílio a qualquer Estado contra o qual as Nações Unidas agirem de modo preventivo ou coercitivo;

·     Cabe às Nações Unidas fazer com que os Estados que não são membros da Organização ajam de acordo com esses princípios em tudo quanto for necessário à manutenção da paz e da segurança internacionais;

·     Nenhum preceito da Carta autoriza as Nações Unidas a intervir em assuntos que são essencialmente da alçada nacional de cada país.

Atribui-se a Paul Harris, fundador de Rotary, a afirmação de que “enquanto existirem dois seres humanos sobre a face da Terra, Rotary será necessário”. Certamente esse pensamento reflete a compreensão de que os homens tendem a gerar conflitos pelas mais diversas razões. E como Rotary propugna pela paz e pela compreensão entre os homens, o ideal de Rotary se fará necessário por todo o sempre.

Nações Unidas e organizações como o Rotary caminham, cada organização em sua linha vocacional, na direção do mesmo ideal: A PAZ e A COMPREENSÃO ENTRE OS HOMENS!

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce, disse de forma definitiva Fernando Pessoa.

Deus quer, o homem sonhou e as Nações Unidas são uma realidade que enobrece a sociedade. Vida longa às Nações Unidas!
 
Joper Padrão do Espirito Santo
        Saudação às Nações Unidas
para o Rotary Club RJ – Lagoa
Rio de Janeiro, 22 de outubro de 2015

domingo, 5 de outubro de 2014

TRIBUTO A MAURO VIEGAS - Um Grande Brasileiro Uma oportunidade memorável me foi oferecida quando, no dia 13 de junho de 2014, tive a chance de ocupar a Tribuna da Casa de Mauá - a Associação Comercial do Rio de Janeiro, para proferir a mensagem em homenagem ao Professor Mauro Viegas, outorgada pelo Conselho Empresarial do Meio Ambiente e Sustentabilidade, para o que me vali de dados biográficos que a seguir registro com sincera emoção. Foi quando o Professor Mauro Viegas presidia este Conselho que tive a oportunidade de ser admitido como Conselheiro, por indicação do engenheiro José Sertã. à época, eu presidia a Seccional do Rio de Janeiro da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, o que foi uma grande honra. Mais adiante, quis o destino que eu, rotariano, me visse Governador do Distrito 4570 do Rotary International, tendo o ilustre Companheiro Mauro Viegas como decano do Colégio dos Governadores, uma nova honraria que o destino me concedia. No momento em que lhe dirijo estas palavras, me sinto novamente engrandecido e, assim, gravo nestas pa´ginas eletrônicas, minha alegria por poder trata-lo, Professor Mauro Viegas, como meu Ilustre Companheiro no Servir. Joper Padrão do Espirito Santo Vice-Presidente do Conselho Empresarial do Meio Ambiente e Sustentabilidade da Associação Comercial do Rio de Janeiro MAURO RIBEIRO VIEGAS, Arquiteto – Empresário – Professor Emérito da UFRJ Brasileiro, natural do Rio de Janeiro Cursos de Arquitetura e Urbanismo (Doutor por concurso público), Escola Superior de Guerra, Tecnologia dos Materiais – INT e Garantia da Qualidade em Obras Nucleares de Energia Atômica em São Paulo e na Companhia Brasileira de Tecnologia Nuclear Na Universidade, em 1946, foi nomeado professor assistente, docente livre por concurso em 1949 (doutor em arquitetura e urbanismo), catedrático por concurso em 1955, chefe do Departamento de Tecnologia em sucessivas eleições, durante 18 anos. Diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ, Prefeito da mesma Universidade por sete anos, Pesquisador e Vice-Presidente do Conselho de Pesquisas da Universidade, membro dos Conselho Executivo e Universitário da UFRJ. Ao ser aposentado, o Conselho Universitário lhe conferiu o título de Professor Emérito da Universidade, pelos relevantes serviços prestados ao ensino. Representando a UFRJ visitou Universidades nos Estados Unidos (Berkeley, New York, Harward e M.I.T.), Alemanha, França e Inglaterra Em fevereiro de 1952 instalou seu escritório de tecnologia dos materiais e do concreto, devidamente registrado na prefeitura: “Escritório Técnico Professor Mauro Ribeiro Viegas-Controle de Concreto – Ensaios dos Materiais”, pioneiro no país, pois somente existiam os Institutos de Tecnologia (INT, IPT e outros estatais). Essa decisão de exercer suas atividades profissionais ligadas ao curriculum da Cadeira foi de grande importância, pois levava sua experiência prática aos seus alunos, numa época em que haviam desabamentos, marquises que caíam, materiais de má qualidade eram utilizados e sua preocupação era a qualidade das obras. Fundador da Concremat Engenharia e Tecnologia S/A – 1952, é atualmente Presidente do Conselho de Administração das Empresas Concremat. Ex-Combatente Concluído o Curso do Centro de Preparação de Oficiais de Reserva (CPOR), na arma de Artilharia, foi convocado em 1942 como 2º Tenente e promovido a 1º Tenente, durante o período de guerra; Curso da Escola Superior de Guerra Secretário Geral de Viação e Obras Públicas do Distrito Federal – 1959 à 1960; Presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA-RJ – 1964 à 1971 e seu Representante na Conferência Mundial da UNESCO – 1968; Presidente do Comitê Brasileiro de Professores de Materiais de Construção – 1966 à 1968; Organizou o Laboratório didático de Materiais e de Solos na Faculdade de Arquitetura, o qual hoje tem o seu nome – 1963; A convite da Universidade de Stuttgart – Alemanha – participou de Seminário sobre “Habitação de interesse social, e materiais utilizados”, na qualidade de Coordenador; Diretor Técnico e Diretor Presidente da Companhia de Habitação – COHAB – do Estado da Guanabara – 1966 à 1968; Membro do Conselho Superior de Planejamento Urbano do Governo do Estado da Guanabara – 1972 à 1975; Presidente da “Reunion Internacionale des Laboratoires d'Essais et des Recherches sur les Materiaux de Construction” – RILEM – Paris – Diretório para América Latina – 1974 à 1976; Membro do Comitê do Rio Paraíba do Sul – CEIVAP, tendo sido Presidente em 1994; Diretor Regional do Instituto Brasileiro do Concreto – IBRACON – 1976 à 1978; Presidente do Comitê Brasileiro da Construção Civil da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT – 1985; Vice-Presidente de Comissão de Cooperação Luso-Brasileira na Engenharia Civil no MEC (Presidente – Ministro da Educação); Organizou o Conselho Empresarial de Meio Ambiente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, tendo sido seu Presidente durante seis anos; É Benemérito da Associação Comercial do Rio de Janeiro; Membro do Conselho-Gestor do Fundo Estadual de Conservação Ambiental – FECAM – representante da Firjan de 1990 à 2001; Na Firjan, membro do Conselho Empresarial de Tecnologia, e mais tarde do Conselho Empresarial de Meio Ambiente, tendo sido Vice-Presidente e Presidente durante sete anos; Vice-Presidente do Sistema Firjan – CIRJ – 1995-1998, 1998-2001 e 2001-2004; Provedor da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro (1982 à 1985, 1994 à 2001 e 2004 à 2007). Atualmente Provedor Jubilado, membro permanente da Mesa Plena. Em agosto de 2003, eleito pela Mesa Plena por unanimidade, Tesoureiro da Irmandade. Presidente eleito do Conselho Estadual de Recursos Hídricos – 2003 à 2005; Membro do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, eleito pelos usuários da indústria nacional – 1998 à 2000, 2000 à 2002; 2003 à 2006; 2006 à 2009; Atualmente é o Presidente de Honra do Conselho de Administração das Empresas Concremat (seu fundador); Membro Titular do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul – CEIVAP, desde 1988, atualmente represente da Firjan já tendo sido Presidente em 1996; Presidente do Conselho Empresarial de Recursos Hídricos da Firjan – 2001-2004, 2004-2007; 2007-2009; 2009-2011;2011-2013; Membro do Conselho Cultural da Arquidiocese do Rio de Janeiro – 1998-2001, 2003-2005 e 2005-2007; Membro do Conselho da Associação dos Amigos do Jardim Botânico – 2004 à 2006; 2006 à 2008; Membro vitalício do Conselho Diretor do Clube de Engenharia – Sócio desde 1945 Árbitro do Centro Brasileiro de Medição e Arbitragem do Rio de Janeiro 1º Vice-Presidente da Comissão Organizadora Permanente – COP-BR, eleito pelo Conselho Diretor do Clube de Engenharia, das Jornadas de Engenharia dos Países de Língua Oficial Portuguesa; Representante do Clube de Engenharia da AIEJ – Associação Internacional das Jornadas de Engenharia Membro do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, eleito pelos usuários da indústria nacional – 1998 à 2000, 2000 à 2002; 2003 à 2006; 2006 à 2009; Membro do Comitê Gestor do Fundo Setorial de Recursos Hídricos, do Ministério da Ciência e Tecnologia, representante da indústria; Membro do Conselho Diretor da Policlínica Geral do Rio de Janeiro; Membro do Conselho da Cidade (Plano Estratégico do Rio de Janeiro); Conselheiro Emérito do Conselho de Minerva da UFRJ; Sócio do Rotary Club do Rio de Janeiro desde 1955, tendo exercido os cargos de Presidente e Governador de Distrito. Atualmente, Presidente da Comissão do Projeto Rio São Paulo, de despoluição do Rio Paraíba do Sul e da Comissão de Normas Básicas; Membro da Academia Teresopolitana de Letras, eleito em abril de 2004; Membro do Instituto San Martiniano do Brasil; Colaborador da Pastoral do Menor da Arquidiocese do Rio de Janeiro – Título conferido pela ajuda concedida para a manutenção dos trabalhos de promoção humana – Julho de 2006 Membro efetivo do Conselho Consultivo do Parque Nacional da Serra dos Órgãos Personalidade Brasil de Meio Ambiente, homenagem na Edição 2007 do Prêmio Brasil de Meio Ambiente Membro do Conselho Diretor para triênio 2008/2011, da Sociedade Brasileira de Geografia Detentor da Comenda da Ordem do Mérito Militar; Comendador da Ordem do Infante Dom Henrique – Portugal; Detentor das Medalhas de Ouro do Governo da Itália, da Cruz Vermelha; do Mérito Industrial; do Mérito Pedro Ernesto; Mérito do Sistema Confea/Crea; do Presidente de Honra do Grupo Consultivo do Plano Diretor de Teresópolis; do Mérito Geográfico da Sociedade Brasileira de Geografia; e da Ordem do Mérito Judiciário do Estado do Rio de Janeiro. Cidadão Honorário de Teresópolis; Sócio Honorário do Instituto Cultural D. Isabel I; Prêmio Parceiro do Meio Ambiente – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro; e Prêmio Edson Passos – Clube de Engenharia – Brasil.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

TRIBUTO AO ENGENHEIRO JOSÉ ALFREDO CHARNAUX SERTÃ

Em 11 de abril de 2014 tive a honra de proferir, da Tribuna da Casa de Mauá, a homenagem prestada ao engenheiro José Alfredo Charnaux Sertã, prestada pelo Conselho Empresarial do Meio Ambiente e Sustentabilidade da Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Esse grande brasileiro merece ter sua trajetória reconhecida e registrada e eu, como seu admirador, faço a minha modesta parte ao gravar o texto de referência que adotei.

Ao engenheiro, ilustre amigo e incansável líder, minhas sinceras homenagens.

Joper Padrão do Espirito Santo

José Alfredo Charnaux Sertá

Personalidade e Referância na Socidade Fluminense

Nascido em Niterói em 09/03/28, filho de Alfredo Sertã, advogado e dentista, nascido em Nova Friburgo e de Maria Helena Charnaux Sertã, filha de família francesa e das Minas Gerais, de onde advém o sobrenome Charnaux.

Menino, José Alfredo completou seu curso básico bastante marcado pela influência de pais e avós, um dos quais foi proprietário de um tradicional Colégio em Niterói nas décadas de 1910 a 1930. Seu pai atuou como dentista até os últimos dias de sua vida. Sua mãe foi professora de renome tendo participado desde a reabertura da Aliança Francesa no Rio de Janeiro após a 2ª Grande Guerra e também nos Colégios Lafayette e Sacre Coeur de Jesus, ambos na Tijuca.

Seus estudos básicos se dividiram entre os Colégios Santo Ignácio e São José Marista na Tijuca aonde residiu até casar-se com Cezith Olivia Sertã, também de tradicional família de Nova Friburgo, onde tiveram uma convivência notória e notável segundo suas próprias palavras.

O Casal recém-formado foi fixar residência no Jardim Botânico. Nessa época José Alfredo já estava graduado como engenheiro civil, formado pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, e trabalhava no antigo Estado do Rio de Janeiro, no setor de engenharia sanitária, para a Comissão de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro, entre os anos de 1951 a 1958.  Nessa época, teve atividades correlacionadas com os projetos de abastecimento de Niterói e São Gonçalo, dos serviços industriais das Cidades do Interior e a implantação da primeira adutora de Bacaxá, para o abastecimento da Região dos Lagos.

Após sua passagem pelo setor de saneamento, José Alfredo passou a atuar no setor siderúrgico, assumindo a Superintendência da Companhia Ferro e Aço de Vitória, em Vitória do ES. Lá residiu e atuou entre os anos de 1958 a 1965 participando intensamente dos projetos de ampliação da “Ferro e Aço” e dos projetos básicos da futura Usina Siderúrgica de Tubarão. Sua atividade foi tão marcante que há nessa localidade uma rua, que dá acesso à Usina de Ferro e Aço de Vitória, com o seu nome “Rua Engenheiro José Sertã”.

De 1965 em diante José Alfredo se transferiu para uma empresa metalúrgica – a Companhia Ferro Brasileiro, onde iniciou a sua atuação como Assessor da Diretoria e mais adiante seu Diretor Geral. Subsequente, até se aposentar, José Alfredo participou do Conselho de Administração da Companhia Metalúrgica Barbará.

Nessa longa jornada, José Alfredo trabalhou em indústria que fabricava produtos e equipamentos para o setor de saneamento para todo o Brasil e para o exterior. Nas suas atividades profissionais José Alfredo teve uma atuação muito intensa em projetos de desenvolvimento na indústria siderúrgica e no setor de saneamento no País.

Fruto dessa experiência José Alfredo dedicou grande parte de sua vida como voluntário na Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – a  ABES, desde os seus primórdios, em 1965, um de seus pioneiros. Na ABES José Alfredo sempre foi eleito para cargos de Direção, tanto na Seccional do Rio de Janeiro, quanto em sua representação Nacional.

Pela Abes José Alfredo foi reconhecido em novembro de 2003 com o Prêmio Medalha Quiron, do Plano Nacional da Qualidade do Saneamento “pela sua imprescindível contribuição na criação do Projeto PNQS – “Mérito do Desenvolvimento Ambiental no Brasil”. Pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro José Sertã recebeu o Prêmio Parceiros do Meio Ambiente em 2012, “por sua destacada ação por um Rio+ Sustentável”

O casal José Sertá e Cezith Olivia teve 5 filhos:  Marcelo, Fábio, Angelo, Maria Cecilia e Maria Olivia, dos quais a família produziu 13 netos.

O que de muito interessante José Sertá traz em sua longa trajetória de vida é a sua atuação nos recursos hídricos tendo participado intensamente das atividades do CEIVAP – Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (tendo sido eu Presidente em 2002) e em outros colegiados, como o Conselho Empresarial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Associação Comercial do Rio de Janeiro e o Conselho Empresarial de Recursos Hídricos da FIRJAN.

Sertã também presta sua colaboração ao Conselho de Desenvolvimento e Conselho Fiscal da Pontifícia Universidade Católica – PUC Rio, bem como uma participação no âmbito das atividades pastorais da Arquidiocese do Rio de Janeiro. e também da Associação dos ex-Alunos do Colégio Santo Ignácio.