quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Enquanto Houver Sol

A cultura é um dos pontos de apoio do método que desenvolvi e denomino LIDERANÇA MULTIDIMENSIONAL. Através da contemplação das artes o homem pode compreender melhor sua jornada em Vida.
A poesia é fonte inesgotável de reflexão e a música popular encanta os amantes da boa arte por suas várias manifestações.
Gosto de ouvir música (como o faço ao escrever este texto https://www.youtube.com/watch?v=q1nQiSfL40Q ) e dar atenção ao conteúdo dos versos colocados pela voz de seus intérpretes. Um exercício de puro deleite. Fonte inesgotável de saber, de renovação da consciência existencial.
Neste limiar de um novo ano, saúdo a entrada de 2016 com a letra dos Titãs para a canção "Enquanto Houver Sol". Quanto conteúdo aliado a som da melhor qualidade.
Quando não houver saída
Quando não houver mais solução
Ainda há de haver saída
Nenhuma ideia vale uma vida
Quando não houver esperança
Quando não restar nem ilusão
Ainda há de haver esperança
Em cada um de nós
Algo de uma criança
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Quando não houver caminho
Mesmo sem amor, sem direção
A sós ninguém está sozinho
É caminhando
Que se faz o caminho
Quando não houver desejo
Quando não restar nem mesmo dor
Ainda há de haver desejo
Em cada um de nós
Aonde Deus colocou
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Nos faz lembrar que o Sol brilha, mesmo que nuvens se interponham à sua frente. Ele, soberano, simplesmente brilha  sem se importar com o que quer que seja, segue deu desígnio e irradia sua energia.
Nos alerta para jamais deixar de manter dentro de nós algo da criança que sempre seremos, que fomos e permanecemos sendo, até o último momento de respiração profunda.
Traz à lembrança os versos de Antonio Machado ensinando que é caminhando que se faz o caminho, mesmo sem amor, sem direção, pois ninguém está sozinho se tiver sua própria companhia consigo.
E mesmo quando parecer que nada mais existe, aparentemente sem desejo, sem amor, ainda restarão os mais fortes sentimentos, aonde Deus os colocou - dentro de nós.
E longe de ser sem motivo, o refrão é repetido ao final por três vezes. Três vezes que ecoam na mente de cada pessoa que tiver a chance e a sensibilidade de interpretar com os Titãs: Enquanto houver Sol, Enquanto houver Sol, Ainda haverá, Enquanto houver Sol, Enquanto houver Sol ...
Que esses versos ecoem em nossas mentes e em  nossos corações por todo o sempre, enquanto houver Sol.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Bem Vindo Ano Olímpico de 2016


Todo dia é um dia como outro qualquer. Um presente da Natureza que se repete. No entanto, algumas datas tem peso e significado específico. Esse é o caso do dia 31 de dezembro para os povos ocidentais-cristãos.

Representa a renovação ... de tudo! Especialmente das esperanças. Isso mesmo, no plural ... das MUITAS esperanças.

Os céticos poderão prever maus tempos para o futuro. Já existem analistas desejando "Feliz 2018",  ou então, "Feliz 2014, porque 2016 será pior que o ano perdido", como se os próximos dois anos estejam fadados a serem dramáticos, penosos, lamentáveis de se viver.

Eu me recuso a admitir essa atitude. Afinal, trago dentro de mim a chama da alegria de viver

O que é isso, minha gente? mesmo quando há uma forte tempestade, o Sol permanece brilhando acima e atrás das nuvens negras. estas serão passageiras. Já o Sol estará lá como sempre está: radiante.

Para os cariocas, em especial, o ano entrante será um ano memorável, inesquecível, marcante. E será um ano positivo, pois estaremos recebendo, em nome de todos os irmãos brasileiros, atletas, jornalistas, aficionados dos desportos, turistas de toda a sorte, do exterior e de nossos Estados da Federação.

Os cariocas, em particular, têm todas as razões do mundo para renovar suas esperanças. Seremos, para sempre, a partir de então, a Cidade Olímpica do Rio de Janeiro. Uma nova forma de ser denominada e conhecida, somando-se às carinhosas "Mui Heroica e Leal Cidade do Rio de Janeiro" como chamada na Corte do Rei de Portugal, e  "Cidade Maravilhosa" que tratada na Marchinha de Carnaval que é o Hino Oficial da Capital.

Xô pessimismo! Xô crise econômica! Xô políticos inescrupulosos! Xô falsos empresários vergonhosos! Xô tudo o que possa se mostrar como sombrio ou nebuloso.

Bem Vindo, Ano Olímpico de 2016. O povo da Cidade Olímpica do Rio de Janeiro lhe saúda como total entusiasmo e alegria, a alegria de viver.

Que o Futuro seja mais que as mostras do Museu do Amanhã. Que o Futuro seja construído com a nossa perseverança lembrando que cada um de nós é como o Sol, destinado a brilhar e a irradiar vida sob quaisquer circunstâncias temporárias.


terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Um grande Mestre, economista de renome, homem de ilibada reputação, amigo de incontáveis qualidades, Genival de Almeida Santos conduziu sua vida com doçura e sabedoria.
Esbanjava qualidades. Cada gesto, cada palavra, cada atitude, cada olhar, cada sorriso, era uma lição.
Tive o privilégio de conviver com essa admirável figura humana e conquistei sua amizade, fruto do companheirismo que nos uniu em Rotary.
Um homem que tinha admiradores e amigos por todo o canto por onde passava. Nenhum desafeto. Um semeador do amor e da fraternidade. Gostava de estar entre familiares, amigos, ex alunos e companheiros em Rotary, organização na qual foi Diretor Internacional.
Certa feita o inevitável ciclo da vida lhe impôs as inexoráveis limitações. E antes que seu declínio físico impusesse a seus amigos sentimentos outros diferentes daquele que eles - e ele - mereciam, Genival pediu que o deixassem se isolar com sua esposa. Foi delicado como em tudo que fez na vida. Apenas se tornou recluso até seus últimos dias. Só guardamos boas lembranças desse grande homem, como sua trajetória fez por merecer.
Dentre tantas lições que devo ao grande Mestre, esta talvez tenha sido a maior. Eu a chamava de Saber Sair. Sim, Genival soube nos mostrar como Saber Sair é fruto de muito amadurecimento existencial.
Naquela época, eu imaginava do quanto ele abdicou ao tomar tal decisão.
Passadas mais de uma década, decido escrever esta homenagem a meu Mestre Genival. E sou movido por uma razão muito especial. Hoje, dia 29 de dezembro de 2015, após completar há 9 dias meus 49 anos de serviços à Companhia de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro, tomei a decisão de entregar à empresa o documento pelo qual saio da cena profissional naquela organização.
Muito devo à essa longa experiência. Os que convivem comigo bem o sabem. Nessas décadas, a sigla da empresa se incorporou a meu nome - Joper Padrão da CEDAE. E essa alcunha me enchia de orgulho, sem dúvida. Pensava eu me aposentar após completar o ciclo de 5 décadas, mas o destino - caprichoso - decidiu que eu abreviasse esse plano antecipando a decisão por um ano.
Ao acordar hoje pela manhã e pensar que o prazo fixado pela empresa para que profissionais sexagenários tomassem as suas decisões do afastamento  espontâneo estava por findar no segundo dia útil do novo ano, lembrei-me do Mestre Genival.  De repente, um sentimento de paz absoluta tomou posse de minha emoção. Daí em diante foi fácil.
Sempre tive o orgulho de demonstrar gratidão àqueles com os quais aprendi ao conviver. A muitos devo dizer "Obrigado". A Genival, neste momento, rendo minhas homenagens. Graças ao Mestre Genival procurei saber sair de cena. Ao auxiliar administrativo do protocolo, a quem me indicaram que eu deveria me dirigir, entreguei o documento com humildade. A meus Familiares, tenho a consciência de ter honrado o nome Padrão, e assim como entrei em 20 de dezembro de 1966, de cabeça erguida, voltei meus passos para a rua neste dia 29 de dezembro de 2015.  A Arnalda Rabelo sou grato por me emprestar, por intermédio de seus versos, a serenidade que trago comigo neste momento: "As vezes é preciso silenciar, sair de cena e esperar que a sabedoria do tempo termine o espetáculo."
Joper Padrão

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Amanhã ... quem o fará (2)


Por volta de 1945 meus pais decidiram mudar o domicilio da família do Engenho Novo para a Penha Circular, um bairro da Zona de Leopoldina então incipiente, em formação.

A família, então, era constituída pelos pais - Seu José Pereira e Dona Mercedes - e meus dois irmãos Heidy e José Padrão. Eu só viria ao mundo um pouco mais tarde, em maio de 1948.

Seu José Pereira foi o terceiro comerciante a se estabelecer no bairro. O primeiro foi o padeiro, o Seu Boal (isso mesmo, o pai do famoso teatrólogo Augusto Boal, criador do Teatro do Oprimido); o segundo, o Seu Amado, que vendia eletrodomésticos e Papai que os consertava quando surgiam defeitos.

A Rua lobo  Junior era a principal artéria que ligava a estação do trem à avenida Brasil. No Carnaval, na porta do prédio em que nasci , era montado um coreto com o patrocínio dos comerciantes onde uma "Comissão Julgadora" avaliava as  Escolas de Samba em formação que por ali desfilavam, como a Império Serrano e a Portela. Eu, sempre avesso às festividades de Momo, era fantasiado à força, quisesse ou deixasse de querer ...

Os anos passam, as famílias crescem, o bairro ganha sua primeira indústria, a fábrica de soutienes De Millus. Nós também evoluíamos dentro de nossos modestos padrões de vida (em Ética - Uma Caminhada Sem Linha de Chegada conto algumas passagens desse período ...).

Meus irmãos e eu éramos alunos dedicados, disciplinados, estudiosos. Papai sem medir esforços nos dava o melhor das escolas locais. No Colégio Filadelpho Azevedo, na Penha, fiz meu curso primário; depois, o ginasial no Instituto Santa Teresa (inspirado no método de ensino do Colégio Militar), em Olaria, onde completei o curso ginasial.

O curso Técnico em Contabilidade me levou para a mesma Escola em que meu irmão havia se formado: o Instituto Santa Rosa, no Largo de São Francisco, no Centro da Cidade. Um passo e tanto. Eu ganhava asas e me distanciava de meu domicílio de nascimento.

Daí em diante, tomei gosto por ousar e, de repetente, aos 21 anos de idade, decido mudar-me (já adulto e independente) para a Tijuca. pronto: amor à primeira vista! O novo bairro de classe média alta me acolheu com generosidade e eu o adotei com muito amor.

Minha Família permanecia residindo na Penha. Eu tinha desgarrado.

Com o falecimento de meu pai, sugeri que Dona Mercedes e minha Irmã Heidy mudassem para a Tijuca, o que fizeram. Mais adiante foi meu irmão José, que também transferiu sua Família para perto de nós.

Pronto! Do passado distante, restou-nos lembranças. Nós nos desenvolvíamos econômico e socialmente, com muito esforço, mas com razoável sucesso.

Por que conto essa breve história de vida?  Porque ela retrata uma boa parte de nossa cultura. Pessoas nascem, crescem, se estabelecem e ao invés de contribuir para o desenvolvimento de seus habitats de origem, mudam seus domicílios para outros bairros e regiões, propiciando de um lado a consolidação e fortalecimento do que já tinha ares de prosperidade, e deixando para trás espaços vazios que dificultam o desenvolvimento das regiões nativas.

Nenhum sentimento de arrependimento trago comigo pelos passos que tomei. Fazem parte de minha trajetória de vida e, quando volto meus olhos para trás, me sinto feliz com as decisões tomadas.

Contudo, quando retorno ao bairro em que nasci, e vejo o prédio que foi meu berço com poucos sinais de desenvolvimento (o da foto deste post nos dias atuais), sinto uma certa dose de débito para com aquela região.

Hoje sou sabidamente comprometido com a Tijuca e reajo a qualquer tentação de mudança. Devo ao bairro que me acolheu a contribuição para faze-lo um pouco melhor a cada dia. Mesmo que modestamente, como sempre tem sido a minha vida até aqui.

Joper Padrão

domingo, 27 de dezembro de 2015

Amanhã ... quem o fará

A Cidade do Rio de Janeiro ganha um novo ícone da arquitetura moderna. O Museu do Amanhã se soma ao Cristo Redentor, aos Bondinhos do Pão de Açúcar, ao Estádio do Maracanã e a tantos outros monumentos que, junto com as belezas naturais, fazem por merecer o título de  Cidade Maravilhosa.
Esse novo centro de cultura pública tem, como sua própria denominação propõe, o objetivo de voltar os olhos dos interessados em pensar e pavimentar o futuro. E voltar a mente para o amanhã é um delicioso desafio.
Recentemente tive uma conversa com uma amiga que me ajuda nessas reflexões. Dizia-me ela que sua filha, uma advogada bem formada e com boa posição profissional em uma grande empresa do mercado financeiro, casada com um jovem médico de projeção internacional, tinha tomado uma decisão importante para o casal: ter sua primeira gravidez. Uma notícia auspiciosa que alegra seus familiares e amigos.
No entanto, a conversa teve um desdobramento. A decisão implicava em uma estada em Lisboa. Isso mesmo! O casal decidiu engravidar de seu primeiro neném, mas faze-lo na Europa de modo a proteger a gravidez e o rebento dos riscos da Zika. Significa viver em Portugal por pelo menos 9 meses. E, certamente, por um tempo distendido (até quando só Deus sabe!) .
Matéria recém veiculada pelo programa Em Pauta. da GloboNews, tratou sobre o mesmo tema, porém voltado a casais de classe média alta que decidem gerar suas proles em Nova York e outras cidades estadunidenses sob a suposta manta da segurança em relação ao mosquito transmissor. No entanto, os jornalistas foram muito felizes ao explorar outros motivos. Dentre estes, o chamado "Direito do Solo" já que, segundo as leis daquele pais da América do Norte, a criança que lá nasce tem a cidadania estadunidense. E mais. No futuro, esse "cidadão norte-americano" de nascimento, poderá propiciar a seus pais o green card, pois pais de cidadãos estadunidenses podem acessar essa benesse legal.
Ora, se a classe média alta decidir, por diversas razões egocêntricas, mudar seu domicilio para outros países "mais desenvolvidos", o que será do nosso amanhã? Para quem o Museu do Amanhã estará dedicando o seu campo físico de pensar?
Eu prefiro ficar por aqui. Com mosquito, com crise, com todos os desafios que se apresentam a nós, alguns impostos pela Natureza, outros construídos por nossos próprios compatriotas, eu opto por permanecer nesse pedaço extraordinário do Planeta que um dia decidiram denominar BRASIL!

Joper Padrão

domingo, 13 de dezembro de 2015


A quarta Turma do workshop LIDERANÇA MULTIDIMENSIONAL está sendo oferecida para janeiro de 2016, desta feita em horário vespertino e em duas úteis, no Centro da Cidade do Rio de Janeiro, para facilitar à participação de estudantes, profissionais e empresários que prefiram optar por esse regime de horário.

O SINDICONT Rio acolhe o evento em suas confortáveis instalações na Rua Buenos Aires, 282 - 2º andar, local próximo à Estação Presidente Vargas do Metro Rio.

Nos dias 12 e 14 de janeiro, terça e quinta-feiras, no horário das 13 às 18 horas, o workshop tem suas inscrições abertas por mensagem eletrônica para potencial@phc.com.br oi pelo telefone (21) 99973-2738 (WhatsApp) com a Psicóloga Luci Pereira;

O INVESTIMENTO é no valor de R$ 440,00 em duas parcelas de R$ 220,00 cada, uma na data da inscrição e a segunda no início do evento.

Os participantes receberão Certificado, com carga horária, emitido pela POTENCIAL HUMANO CONSULTORIA, e serão convidados a integrar a rede de mais de 40 LÍDERES MULTIDIMENSIONAIS já formados.

Para mais informações visite o site www.phc.com.br ou entre em contato pelo telefone (21) 99661-2602 (WhatsApp) ou por mensagem eletrônica para govpadrao@gmail.com.

Boas Vindas!