quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Enquanto Houver Sol

A cultura é um dos pontos de apoio do método que desenvolvi e denomino LIDERANÇA MULTIDIMENSIONAL. Através da contemplação das artes o homem pode compreender melhor sua jornada em Vida.
A poesia é fonte inesgotável de reflexão e a música popular encanta os amantes da boa arte por suas várias manifestações.
Gosto de ouvir música (como o faço ao escrever este texto https://www.youtube.com/watch?v=q1nQiSfL40Q ) e dar atenção ao conteúdo dos versos colocados pela voz de seus intérpretes. Um exercício de puro deleite. Fonte inesgotável de saber, de renovação da consciência existencial.
Neste limiar de um novo ano, saúdo a entrada de 2016 com a letra dos Titãs para a canção "Enquanto Houver Sol". Quanto conteúdo aliado a som da melhor qualidade.
Quando não houver saída
Quando não houver mais solução
Ainda há de haver saída
Nenhuma ideia vale uma vida
Quando não houver esperança
Quando não restar nem ilusão
Ainda há de haver esperança
Em cada um de nós
Algo de uma criança
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Quando não houver caminho
Mesmo sem amor, sem direção
A sós ninguém está sozinho
É caminhando
Que se faz o caminho
Quando não houver desejo
Quando não restar nem mesmo dor
Ainda há de haver desejo
Em cada um de nós
Aonde Deus colocou
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Nos faz lembrar que o Sol brilha, mesmo que nuvens se interponham à sua frente. Ele, soberano, simplesmente brilha  sem se importar com o que quer que seja, segue deu desígnio e irradia sua energia.
Nos alerta para jamais deixar de manter dentro de nós algo da criança que sempre seremos, que fomos e permanecemos sendo, até o último momento de respiração profunda.
Traz à lembrança os versos de Antonio Machado ensinando que é caminhando que se faz o caminho, mesmo sem amor, sem direção, pois ninguém está sozinho se tiver sua própria companhia consigo.
E mesmo quando parecer que nada mais existe, aparentemente sem desejo, sem amor, ainda restarão os mais fortes sentimentos, aonde Deus os colocou - dentro de nós.
E longe de ser sem motivo, o refrão é repetido ao final por três vezes. Três vezes que ecoam na mente de cada pessoa que tiver a chance e a sensibilidade de interpretar com os Titãs: Enquanto houver Sol, Enquanto houver Sol, Ainda haverá, Enquanto houver Sol, Enquanto houver Sol ...
Que esses versos ecoem em nossas mentes e em  nossos corações por todo o sempre, enquanto houver Sol.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Bem Vindo Ano Olímpico de 2016


Todo dia é um dia como outro qualquer. Um presente da Natureza que se repete. No entanto, algumas datas tem peso e significado específico. Esse é o caso do dia 31 de dezembro para os povos ocidentais-cristãos.

Representa a renovação ... de tudo! Especialmente das esperanças. Isso mesmo, no plural ... das MUITAS esperanças.

Os céticos poderão prever maus tempos para o futuro. Já existem analistas desejando "Feliz 2018",  ou então, "Feliz 2014, porque 2016 será pior que o ano perdido", como se os próximos dois anos estejam fadados a serem dramáticos, penosos, lamentáveis de se viver.

Eu me recuso a admitir essa atitude. Afinal, trago dentro de mim a chama da alegria de viver

O que é isso, minha gente? mesmo quando há uma forte tempestade, o Sol permanece brilhando acima e atrás das nuvens negras. estas serão passageiras. Já o Sol estará lá como sempre está: radiante.

Para os cariocas, em especial, o ano entrante será um ano memorável, inesquecível, marcante. E será um ano positivo, pois estaremos recebendo, em nome de todos os irmãos brasileiros, atletas, jornalistas, aficionados dos desportos, turistas de toda a sorte, do exterior e de nossos Estados da Federação.

Os cariocas, em particular, têm todas as razões do mundo para renovar suas esperanças. Seremos, para sempre, a partir de então, a Cidade Olímpica do Rio de Janeiro. Uma nova forma de ser denominada e conhecida, somando-se às carinhosas "Mui Heroica e Leal Cidade do Rio de Janeiro" como chamada na Corte do Rei de Portugal, e  "Cidade Maravilhosa" que tratada na Marchinha de Carnaval que é o Hino Oficial da Capital.

Xô pessimismo! Xô crise econômica! Xô políticos inescrupulosos! Xô falsos empresários vergonhosos! Xô tudo o que possa se mostrar como sombrio ou nebuloso.

Bem Vindo, Ano Olímpico de 2016. O povo da Cidade Olímpica do Rio de Janeiro lhe saúda como total entusiasmo e alegria, a alegria de viver.

Que o Futuro seja mais que as mostras do Museu do Amanhã. Que o Futuro seja construído com a nossa perseverança lembrando que cada um de nós é como o Sol, destinado a brilhar e a irradiar vida sob quaisquer circunstâncias temporárias.


terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Um grande Mestre, economista de renome, homem de ilibada reputação, amigo de incontáveis qualidades, Genival de Almeida Santos conduziu sua vida com doçura e sabedoria.
Esbanjava qualidades. Cada gesto, cada palavra, cada atitude, cada olhar, cada sorriso, era uma lição.
Tive o privilégio de conviver com essa admirável figura humana e conquistei sua amizade, fruto do companheirismo que nos uniu em Rotary.
Um homem que tinha admiradores e amigos por todo o canto por onde passava. Nenhum desafeto. Um semeador do amor e da fraternidade. Gostava de estar entre familiares, amigos, ex alunos e companheiros em Rotary, organização na qual foi Diretor Internacional.
Certa feita o inevitável ciclo da vida lhe impôs as inexoráveis limitações. E antes que seu declínio físico impusesse a seus amigos sentimentos outros diferentes daquele que eles - e ele - mereciam, Genival pediu que o deixassem se isolar com sua esposa. Foi delicado como em tudo que fez na vida. Apenas se tornou recluso até seus últimos dias. Só guardamos boas lembranças desse grande homem, como sua trajetória fez por merecer.
Dentre tantas lições que devo ao grande Mestre, esta talvez tenha sido a maior. Eu a chamava de Saber Sair. Sim, Genival soube nos mostrar como Saber Sair é fruto de muito amadurecimento existencial.
Naquela época, eu imaginava do quanto ele abdicou ao tomar tal decisão.
Passadas mais de uma década, decido escrever esta homenagem a meu Mestre Genival. E sou movido por uma razão muito especial. Hoje, dia 29 de dezembro de 2015, após completar há 9 dias meus 49 anos de serviços à Companhia de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro, tomei a decisão de entregar à empresa o documento pelo qual saio da cena profissional naquela organização.
Muito devo à essa longa experiência. Os que convivem comigo bem o sabem. Nessas décadas, a sigla da empresa se incorporou a meu nome - Joper Padrão da CEDAE. E essa alcunha me enchia de orgulho, sem dúvida. Pensava eu me aposentar após completar o ciclo de 5 décadas, mas o destino - caprichoso - decidiu que eu abreviasse esse plano antecipando a decisão por um ano.
Ao acordar hoje pela manhã e pensar que o prazo fixado pela empresa para que profissionais sexagenários tomassem as suas decisões do afastamento  espontâneo estava por findar no segundo dia útil do novo ano, lembrei-me do Mestre Genival.  De repente, um sentimento de paz absoluta tomou posse de minha emoção. Daí em diante foi fácil.
Sempre tive o orgulho de demonstrar gratidão àqueles com os quais aprendi ao conviver. A muitos devo dizer "Obrigado". A Genival, neste momento, rendo minhas homenagens. Graças ao Mestre Genival procurei saber sair de cena. Ao auxiliar administrativo do protocolo, a quem me indicaram que eu deveria me dirigir, entreguei o documento com humildade. A meus Familiares, tenho a consciência de ter honrado o nome Padrão, e assim como entrei em 20 de dezembro de 1966, de cabeça erguida, voltei meus passos para a rua neste dia 29 de dezembro de 2015.  A Arnalda Rabelo sou grato por me emprestar, por intermédio de seus versos, a serenidade que trago comigo neste momento: "As vezes é preciso silenciar, sair de cena e esperar que a sabedoria do tempo termine o espetáculo."
Joper Padrão

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Amanhã ... quem o fará (2)


Por volta de 1945 meus pais decidiram mudar o domicilio da família do Engenho Novo para a Penha Circular, um bairro da Zona de Leopoldina então incipiente, em formação.

A família, então, era constituída pelos pais - Seu José Pereira e Dona Mercedes - e meus dois irmãos Heidy e José Padrão. Eu só viria ao mundo um pouco mais tarde, em maio de 1948.

Seu José Pereira foi o terceiro comerciante a se estabelecer no bairro. O primeiro foi o padeiro, o Seu Boal (isso mesmo, o pai do famoso teatrólogo Augusto Boal, criador do Teatro do Oprimido); o segundo, o Seu Amado, que vendia eletrodomésticos e Papai que os consertava quando surgiam defeitos.

A Rua lobo  Junior era a principal artéria que ligava a estação do trem à avenida Brasil. No Carnaval, na porta do prédio em que nasci , era montado um coreto com o patrocínio dos comerciantes onde uma "Comissão Julgadora" avaliava as  Escolas de Samba em formação que por ali desfilavam, como a Império Serrano e a Portela. Eu, sempre avesso às festividades de Momo, era fantasiado à força, quisesse ou deixasse de querer ...

Os anos passam, as famílias crescem, o bairro ganha sua primeira indústria, a fábrica de soutienes De Millus. Nós também evoluíamos dentro de nossos modestos padrões de vida (em Ética - Uma Caminhada Sem Linha de Chegada conto algumas passagens desse período ...).

Meus irmãos e eu éramos alunos dedicados, disciplinados, estudiosos. Papai sem medir esforços nos dava o melhor das escolas locais. No Colégio Filadelpho Azevedo, na Penha, fiz meu curso primário; depois, o ginasial no Instituto Santa Teresa (inspirado no método de ensino do Colégio Militar), em Olaria, onde completei o curso ginasial.

O curso Técnico em Contabilidade me levou para a mesma Escola em que meu irmão havia se formado: o Instituto Santa Rosa, no Largo de São Francisco, no Centro da Cidade. Um passo e tanto. Eu ganhava asas e me distanciava de meu domicílio de nascimento.

Daí em diante, tomei gosto por ousar e, de repetente, aos 21 anos de idade, decido mudar-me (já adulto e independente) para a Tijuca. pronto: amor à primeira vista! O novo bairro de classe média alta me acolheu com generosidade e eu o adotei com muito amor.

Minha Família permanecia residindo na Penha. Eu tinha desgarrado.

Com o falecimento de meu pai, sugeri que Dona Mercedes e minha Irmã Heidy mudassem para a Tijuca, o que fizeram. Mais adiante foi meu irmão José, que também transferiu sua Família para perto de nós.

Pronto! Do passado distante, restou-nos lembranças. Nós nos desenvolvíamos econômico e socialmente, com muito esforço, mas com razoável sucesso.

Por que conto essa breve história de vida?  Porque ela retrata uma boa parte de nossa cultura. Pessoas nascem, crescem, se estabelecem e ao invés de contribuir para o desenvolvimento de seus habitats de origem, mudam seus domicílios para outros bairros e regiões, propiciando de um lado a consolidação e fortalecimento do que já tinha ares de prosperidade, e deixando para trás espaços vazios que dificultam o desenvolvimento das regiões nativas.

Nenhum sentimento de arrependimento trago comigo pelos passos que tomei. Fazem parte de minha trajetória de vida e, quando volto meus olhos para trás, me sinto feliz com as decisões tomadas.

Contudo, quando retorno ao bairro em que nasci, e vejo o prédio que foi meu berço com poucos sinais de desenvolvimento (o da foto deste post nos dias atuais), sinto uma certa dose de débito para com aquela região.

Hoje sou sabidamente comprometido com a Tijuca e reajo a qualquer tentação de mudança. Devo ao bairro que me acolheu a contribuição para faze-lo um pouco melhor a cada dia. Mesmo que modestamente, como sempre tem sido a minha vida até aqui.

Joper Padrão

domingo, 27 de dezembro de 2015

Amanhã ... quem o fará

A Cidade do Rio de Janeiro ganha um novo ícone da arquitetura moderna. O Museu do Amanhã se soma ao Cristo Redentor, aos Bondinhos do Pão de Açúcar, ao Estádio do Maracanã e a tantos outros monumentos que, junto com as belezas naturais, fazem por merecer o título de  Cidade Maravilhosa.
Esse novo centro de cultura pública tem, como sua própria denominação propõe, o objetivo de voltar os olhos dos interessados em pensar e pavimentar o futuro. E voltar a mente para o amanhã é um delicioso desafio.
Recentemente tive uma conversa com uma amiga que me ajuda nessas reflexões. Dizia-me ela que sua filha, uma advogada bem formada e com boa posição profissional em uma grande empresa do mercado financeiro, casada com um jovem médico de projeção internacional, tinha tomado uma decisão importante para o casal: ter sua primeira gravidez. Uma notícia auspiciosa que alegra seus familiares e amigos.
No entanto, a conversa teve um desdobramento. A decisão implicava em uma estada em Lisboa. Isso mesmo! O casal decidiu engravidar de seu primeiro neném, mas faze-lo na Europa de modo a proteger a gravidez e o rebento dos riscos da Zika. Significa viver em Portugal por pelo menos 9 meses. E, certamente, por um tempo distendido (até quando só Deus sabe!) .
Matéria recém veiculada pelo programa Em Pauta. da GloboNews, tratou sobre o mesmo tema, porém voltado a casais de classe média alta que decidem gerar suas proles em Nova York e outras cidades estadunidenses sob a suposta manta da segurança em relação ao mosquito transmissor. No entanto, os jornalistas foram muito felizes ao explorar outros motivos. Dentre estes, o chamado "Direito do Solo" já que, segundo as leis daquele pais da América do Norte, a criança que lá nasce tem a cidadania estadunidense. E mais. No futuro, esse "cidadão norte-americano" de nascimento, poderá propiciar a seus pais o green card, pois pais de cidadãos estadunidenses podem acessar essa benesse legal.
Ora, se a classe média alta decidir, por diversas razões egocêntricas, mudar seu domicilio para outros países "mais desenvolvidos", o que será do nosso amanhã? Para quem o Museu do Amanhã estará dedicando o seu campo físico de pensar?
Eu prefiro ficar por aqui. Com mosquito, com crise, com todos os desafios que se apresentam a nós, alguns impostos pela Natureza, outros construídos por nossos próprios compatriotas, eu opto por permanecer nesse pedaço extraordinário do Planeta que um dia decidiram denominar BRASIL!

Joper Padrão

domingo, 13 de dezembro de 2015


A quarta Turma do workshop LIDERANÇA MULTIDIMENSIONAL está sendo oferecida para janeiro de 2016, desta feita em horário vespertino e em duas úteis, no Centro da Cidade do Rio de Janeiro, para facilitar à participação de estudantes, profissionais e empresários que prefiram optar por esse regime de horário.

O SINDICONT Rio acolhe o evento em suas confortáveis instalações na Rua Buenos Aires, 282 - 2º andar, local próximo à Estação Presidente Vargas do Metro Rio.

Nos dias 12 e 14 de janeiro, terça e quinta-feiras, no horário das 13 às 18 horas, o workshop tem suas inscrições abertas por mensagem eletrônica para potencial@phc.com.br oi pelo telefone (21) 99973-2738 (WhatsApp) com a Psicóloga Luci Pereira;

O INVESTIMENTO é no valor de R$ 440,00 em duas parcelas de R$ 220,00 cada, uma na data da inscrição e a segunda no início do evento.

Os participantes receberão Certificado, com carga horária, emitido pela POTENCIAL HUMANO CONSULTORIA, e serão convidados a integrar a rede de mais de 40 LÍDERES MULTIDIMENSIONAIS já formados.

Para mais informações visite o site www.phc.com.br ou entre em contato pelo telefone (21) 99661-2602 (WhatsApp) ou por mensagem eletrônica para govpadrao@gmail.com.

Boas Vindas!


domingo, 22 de novembro de 2015


PALESTRA MAGNA PARA O XXXI ENCONTRO NACIONAL DOS CONTADORES DO SETOR DE ENERGIA ELETRIA
ÉTICA NAS CORPORAÇÕES
Uberlândia, 22 de novembro de 2015
“A Vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro da Vida”.
Vinicius de Moraes, diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor viveu intensamente e traduziu em sua obra o muito que observou da natureza humana. Os relacionamentos, o amor e a busca da felicidade foi uma constante em sua vida.
Organizações são o resultado da interação das pessoas que as integram, afirmo baseado na observação de muitas empresas brasileiras e mundiais que estudo ou pelas quais passei em cargos de direção. Não é à toa que no direito português utiliza-se, acertadamente, a denominação de “pessoas coletivas”, ao que no direito brasileiro consagrou-se denominar como “pessoas jurídicas”. Estas são entidades abstratas, criadas pelo homem, às quais se atribui personalidade.
Algumas, mesmo submetidas a severas dificuldades, mantiveram suas operações graças ao envolvimento e à dedicação de suas equipes. Um caso clássico é o da VARIG, empresa brasileira de saudosa memória no mundo dos negócios, que permaneceu com seus voos e lojas com atendimento a seus clientes sem que estes percebessem seus desafios econômicos até o dia da efetiva paralização das aeronaves nos seus hangares. O amor de seus comandantes, comissários, e aeroviários fez esse fenômeno ocorrer.
Thomas Mann afirmou: “Aquilo a que chamamos felicidade consiste na harmonia e na serenidade, na consciência de uma finalidade, numa orientação positiva, convencida e decidida do espírito, ou seja, na paz da alma”. Assim agiram os briosos homens e mulheres da VARIG.
Se as pessoas interagem de forma favorável, o mercado percebe os resultados positivos. Na contramão desse estilo comportamental, se os colaboradores cumprem suas tarefas sem compor times comprometidos, logo se fazem sentir os efeitos negativos.
Esse axioma - Organizações são o resultado da interação das pessoas que as integram - é aplicável a entes públicos ou privados; de pequeno, médio ou de grande porte; quaisquer sejam suas dimensões, se locais, regionais, nacionais ou mundiais. Conceito aplicável a empresas, entidades do terceiro setor, e mesmo a governos e grupos políticos. Nesse caso, basta ler o noticiário e constatar os acontecimentos em curso em nossa Capital Federal.
Por essa via de interpretação, a Ética das Organizações tem relação direta com a Ética das pessoas que lhes dão existência jurídica.
Dentre os principais fatores que concorrem para a melhor ou pior interação das pessoas em suas atividades destaca-se a satisfação pelo que fazem, seja por dever de ofício, seja pela opção pessoal. Em palavras objetivas, pelo nível de satisfação, realização, felicidade, amor ou mesmo paixão por seu labor.
Um contador português, notável por sua vasta obra literária, afirmou em seu poema intitulado “Felicidade”:
A gente faz o que quer
Daquilo que não é nada,
Mas falha se o não fizer,
Fica perdido na estrada.
Fernando Pessoa é o guarda livros mencionado, e sobre seus diferentes papeis ora contabilista, ora poeta, foi dito: “A contabilidade traz o poeta à realidade e não permite que fique numa dimensão apenas transcendental que de exacerbada prática pode conduzir à alienação e loucura; por outro lado a poesia leva o guarda-livros/contabilista a outra dimensão, não normativa, sem códigos ou coimas, espiritual e livre!”
 O ser humano é talhado para ser feliz. E o fruto da felicidade ecoa na eternidade.
Profissionais da atualidade, bem sucedidos, exercitam os princípios do que denomino serem LIDERANÇAS MULTIDIMENSIONAIS. Associam cinco conjuntos de práticas em seu cotidiano de vida.
No primeiro conjunto, consolidam sua competência profissional continuamente, sem cessar o aperfeiçoamento e atualização técnica. No segundo, desenvolvem atividades voluntárias em favor de suas comunidades, doando suas habilidades e colocando suas redes de relacionamentos a serviço do bem comum.  No terceiro, desenvolvem sua cultura geral continuamente ampliando suas percepções sobre outros aspectos da vida em sociedade. No quarto, aprofundam a compreensão existencial, a missão do ser, os propósitos e a razão de viver, transitando simultaneamente em três mundos: o material, o sutil e o transcendente, como define Deepak Chopra. E no quinto conjunto, vivem suas vidas com base em princípios e valores que vão se aperfeiçoando ao longo de uma verdadeira caminhada sem linha de chegada, como defino o exercício da ética.
Lideranças multidimensionais são capazes de influenciar positivamente o resultado das organizações, contribuindo para que suas práticas sejam reconhecidas como autenticamente éticas.
“Nós somos o que fazemos repetidamente. A excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito”,  disse Aristóteles. Pessoas que colocam em prática com naturalidade os cinco conjuntos que proponho, são cidadãos integrados à sua sociedade e à Natureza levando suas atividades a resultados que elevam a dignidade do ser humano.
Aqui, em solo do glorioso Estado de Minas Gerais, que tanto fez e continua a fazer pela Nação brasileira, assistimos perplexos a uma das maiores catástrofes ambientais dos tempos modernos. Refiro-me, como evidente, ao rompimento da barragem de rejeitos de mineração em Bento Rodrigues, subdistrito de Mariana, cujos danos estimam-se sejam irreparáveis à fauna e à flora do Rio Doce. Acidentes dessa ordem devem ser interpretados sob o ponto de vista da Ética das Organizações. A vida de um modo geral foi afetada na extensa região devastada pela lama que ainda se arrasta na direção do mar. Falar-se em indenizações e reparos materiais aos que sobreviveram à catástrofe parece algo surreal. Por mais que os responsáveis paguem pelos danos, jamais devolverão às pessoas afetadas o seu habitat e seu cotidiano de vida que lhes proporcionava felicidade e harmonia com a natureza.
Muito possivelmente, faltou aos homens de negócios, investidores, dirigentes da empresa mineradora e autoridades públicas responsáveis pela fiscalização, a prática de tais hábitos. Provavelmente pessoas voltadas a satisfazer seus próprios interesses, ou simplesmente alheias às consequências de seus atos (ou da falta de sua ação), acabaram por impor dramáticas transformações à vida humana, animal e vegetal nas áreas atingidas nos Estados de Minas e do Espirito Santo. É evidente que houve uma infringência ética por parte das organizações envolvidas e, na minha visão, fruto da insensibilidade ética das pessoas que integram essas organizações.
Nós, profissionais da contabilidade, escolhemos esse importante labor por razões individuais que cada um de nós sabe identificar. Orgulhamo-nos da profissão que abraçamos por opção. Com o fruto de nosso trabalho sustentamos nossas famílias, contribuímos decisivamente para o processo decisório das organizações junto às quais atuamos, e servimos à sociedade que se vê beneficiada pela qualidade das informações que processamos e colocamos à disposição dos interessados por meio dos demonstrativos que são divulgados.
Atuamos pautados pelo Código de Ética Profissional do Contador. Exercemos a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, e atuamos como seres humanos completos, cônscios de nossas responsabilidades como cidadãos.
Em minhas andanças junto aos profissionais da contabilidade, como Conselheiro eleito (e agora reeleito) junto ao Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro, tenho procurado visitar os diversos ambientes de trabalho de meus colegas de profissão. Para representar meu papel, devo estar em contato com a realidade daqueles que me confiam essa honrosa missão.
Com humildade, reconheço ser um executivo que há cinco décadas atua junto a equipes de profissionais de diversas formações. Seja como chefia, coordenação ou direção, venho trabalhando com pessoas únicas e com as quais sempre procurei manter um clima proativo, de harmonia, de desenvolvimento humano, que nos levasse à eficácia em nossos propósitos corporativos. Pessoas respeitadas em suas individualidades. Prática pautada na compreensão do outro, no respeito às diferenças, buscando a sinergia do que nos fosse comum. Um ambiente de trabalho que levasse as pessoas a terem o desejo de voltar no dia seguinte. Em que seres humanos sentissem uma significativa dose de felicidade no que faziam.
“O fato de podermos nos sentar sozinhos e pensar deu-nos uma oportunidade maravilhosa de nos modificarmos”, afirmou Nelson Mandela com total propriedade.
Quando iniciei meu convívio próximo com um grupo específico de formação – os profissionais da contabilidade, algo se destacou. Notei que quando eu lhes indagava sobre sua disponibilidade para ações voluntárias, ou a respeito de temas da cultura geral, era comum receber como resposta: “Não tenho tempo para nada. A Contabilidade me absorve totalmente”. Em certas épocas, como fechamento de exercício ou declarações fiscais, então ... Era evidente que uma pressão psicológica subtraia desses homens e mulheres a chance de usufruírem dos bons momentos de suas vidas.
Passei, então, a lhes perguntar se só os contadores eram submetidos a pressão. E traçava como paralelo tantas outras atividades do cotidiano, como os aeronautas e os profissionais da área médica, em que não necessariamente se sentiam oprimidos pela opção. Muito pelo contrário, eufóricos com seus desafios.
Daí a visita aos ambientes de trabalho dos profissionais da contabilidade reforçar a nítida impressão de que precisamos ampliar a dose de satisfação e alegria com o que fazemos, de modo a nos reconhecermos como protagonistas da cena, a importância de nosso trabalho e a contribuição que dele resulta para o desenvolvimento socioeconômico de nossos concidadãos. Isso é, reconhecer os motivos que devem nos levar a ter alegria e felicidade no exercício profissional e vivenciar a nossa multidimensionalidade na plenitude do cotidiano da vida pessoal.
Assim agindo (e reagindo) estaremos atuando com ética e, por via de consequência, nossas organizações terão práticas pautadas pela efetiva ética, muito além dos Códigos por elas estabelecidos.
A vida moderna nos impõe desafios muito interessantes quanto à consciência de quem somos efetivamente. Por exemplo, sermos reconhecidos como uma pessoa completa. Dias atrás, o motorista que me conduzia ao aeroporto Tom Jobim para esta viagem, relatou que até poucos meses não tinha uma conta bancária em seu nome. Não carecia de conta e tão pouco de cartão para sua movimentação. Suas corridas diárias eram pagas em dinheiro e com a renda que obtinha pagava suas despesas. Simples assim.
No entanto, a modernidade dos aplicativos lhe impôs passar a receber parte de sua renda por pagamento com cartões de débito ou de crédito. Teve, então, que ir ao um banco para abrir sua primeira conta. A jovem atende, consultando seu cadastro de crédito pelo CPF lhe disse um tanto constrangida: “Sr. Edson, o senhor não existe!” Claro, o homem ficou aturdido. “Como assim? Existo sim, eu lhe garanto”, disse ele com um sorriso nos lábios.
Esse atendimento terá sido ético? Que impactos emocionais poderia ter trazido ao motorista, não fosse ele um homem de bem com a vida ...
Quando os profissionais de todas as formações, quaisquer que sejam, mantiverem a lógica da multidimensionalidade – a de agir com alegria e satisfação efetivas – a ética corporativa será muito mais acentuada.  “Dizem que o tempo muda as coisas, mas é você quem tem que mudá-las” afirmou Andy Warhol.
Os recentes episódios, fruto das investigações dos órgãos federais, notadamente na conhecida “Operação Lava-Jato”, certamente estão sendo observados e estudados por muitos experts pelo mundo afora. O caso Enron trouxe transformações para o mundo dos negócios; o caso Petrobras terá reflexos correlatos.
Se atentarmos, a maioria dessas megaempresas, públicas ou privadas, estabeleceram seus códigos de ética. Contudo, o que vem a tona pelo noticiário, nos mostra que a conduta equivocada de algumas personalidades acabou por comprometer os negócios corporativos, resultando em impactos negativos para muitos, muitos outros, aqui e no exterior. Empregos foram suprimidos, lucros esperados pelos investidores foram transformados em prejuízos, contratos em curso foram abortados. Enfim, decepção e transtornos para a economia já tão combalida por outras razões.
Pouparei a todos de fazer considerações pormenorizadas sobre as questões relacionadas à ética corporativa e os atentados terroristas, mas muito nesse sentido há que ser compreendido, ainda mais para nós, brasileiros, nos momentos que antecedem a realização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, para daqui a poucos meses em 2016.
Como armas de grosso calibre podem transitar em Paris (como de resto transitam em nossas Capitais) para servirem a crimes praticados contra inocentes sob o escudo da defesa de ideologias, sejam lá quais forem?
O Embaixador Marcos Azambuja, em recente entrevista a respeito dos atentados de Paris, afirmou: “Eu não sei como começam as guerras e conflitos, mas eu sei como acabam: com uma conversa”. O experiente Diplomata traduz nesse seu pensamento a convicção de que o entendimento entre adversários ou mesmo inimigos beligerantes é a única forma de se solucionar impasses mesmo que resultantes de confrontos bélicos continentais.
A realização deste encontro XXXI Encontro Nacional dos Contadores do Setor de Energia Elétrica, pautando o tema Ética nas Corporações para a solenidade de abertura, é uma atitude auspiciosa para quem admira o trabalho que desenvolvem em seu segmento de mercado. É reconhecer que nossas mentes estão abertas para o que representa a nossa contribuição para o verdadeiro desenvolvimento social.
O setor de energia é fundamental ao desenvolvimento econômico isso é indubitável. O acesso aos serviços prestados por geradoras, transmissoras, distribuidoras, assim como os resultados do papel dos órgãos reguladores é de importância vital para a retomada do crescimento econômico de nosso Pais. A atividade que desenvolvem é imprescindível para que os processos decisórios sejam cada vez mais qualificados, e haja transparência quanto aos atos praticados.
A Associação Brasileira dos Contadores do Setor de Energia Elétrica presta contribuição de extremo valor para a consolidação das relações entre os participantes deste XXXI ENCONSEL, dando forma e cor ao ponto de vista de Tenzin Gyatzso, ex Dalai Lama que assim define as práticas éticas: “As pessoas para serem verdadeiramente felizes precisam manter amizades e boas relações – que são recíprocas. É impossível alguém construir relações positivas quando seu único objetivo é satisfazer os próprios desejos”. Estamos todos aqui reunidos nesta acolhedora cidade de Uberlândia, justamente para estreitar as amizades e boas relações, com o objetivo de promover a discussão de temas atuais e de interesse da classe contábil visando proporcionar o congraçamento técnico dos contadores que atuam nas empresas do setor elétrico brasileiro.
Antonio Machado, poeta sevilhano, afirmou: “Tudo passa e tudo fica porém o nosso é passar, passar fazendo caminhos, caminhos sobre o mar. Caminhante não há caminho, senão há marcas no mar...”. Façamos o melhor da caminhada. Superemos todos os obstáculos. O futuro aguarda nossa contribuição.
E assim como Vinicius de Moraes inspirou nossas primeiras palavras, com seus versos concluímos lembrando a todos: “É melhor ser alegre que ser triste. Alegria é a melhor coisa que existe. É assim como a luz no coração”.  
A benção de todos e a todos, diria o poetinha camarada. Sejam Felizes!
Muito obrigado!

Joper Padrão do Espirito Santo

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

SOLIDARIEDADE É UM ATO ESPONTÂNEO



Tenho total solidariedade ao povo francês neste momento em que o mundo assiste a mais um atentado terrorista em Paris. Como acaba de ser relatado por um cidadão que estava na casa de shows Le Bataclan, "uma carnificina inacreditável, com corpos por todos os lados".
O terrorismo é uma prática covarde que deve ser repudiada por todo cidadão consciente. Covardes escudam-se no medo em nome de suas ideologias. Vidas humanas de inocentes são ceifadas por fanáticos capazes de tirar a própria vida, como dois dos homens bombas que detonaram explosivos em seus corpos para levarem consigo outras pessoas que ignoravam completamente o risco a que estavam expostas.
Inexiste local seguro nesse clima de sobressalto a qualquer momento e em todo lugar. Enquanto cerca de 80 mil pessoas assistiam a um jogo entre Alemanha e França, os fracos se valeram desse artificio para chamar a atenção do mundo com explosões e tiroteios, com assassinatos que podem somar dezenas de pessoas.
Os transportes públicos foram suspensos. Noticia-se que os parisienses estão abrindo as portas de suas casas às pessoas que se encontram nas ruas e não têm meios de retornar a seus lares. Um ato humanitário de solidariedade admirável.
Em 2016 o Rio de Janeiro sediará os Jogos Olímpicos quando os olhos da humanidade estarão voltados, por um mês, para a nossa cidade. Sabe-se os riscos que uma jornada dessa magnitude representa. É evidente que medidas de segurança, preventivas, estão sendo tomadas pelas autoridades. Mas, assim como os franceses não se curvam aos terroristas, nós devemos manter desde já e por todo o tempo, o equilíbrio e a serenidade que os franceses demonstram nesse momento adverso para que com essa atitude se possa mostrar a coragem que enobrece os verdadeiramente fortes, gente como a gente, pessoas do bem que não temem uns poucos pusilânimes, enlouquecidos por seus ideais.
Levantemos, pois, nossa palavra de solidariedade ao povo francês para que todos saibam nossa disposição de seguir nossa jornada com absoluta altivez.
Vive La France! Vive la Liberté!

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Atitude Transformadora - LIDERANÇA MULTIDIMENSIONAL - 3a Turma

Você quer consolidar as suas habilidades de líder gestor e administrador?
Deseja reconhecer as diferenças entre liderar, chefiar ou comandar?
Pretende integrar-se com maior facilidade a equipes vencedoras e aumentar a produtividade através das suas habilidades?
Gostaria de conhecer mecanismos e desenvolver práticas para a obtenção de resultados nas relações interpessoais?
Considera proveitosa a troca de experiências com outros profissionais e empresários?

Venha conhecer como harmonizar as condições emocionais do indivíduo com os desafios cotidianos a que são submetidos empreendedores e profissionais. Participe do workshop LIDERANÇA MULTIDIMENSIONAL em sua nova turma de novembro.

Data: 7 de novembro de 2015 das 9 às 17 horas
Local: Potencial Humano Consultoria – Rua Hadock Lobo, 369 sl 401 Tijuca RJ (próximo à Estação Afonso Pena Metro Rio)
Investimento: R$ 440,00 em duas parcelas de R$ 220,00, a primeira na inscrição por depósito no Banco Itau ag. 8072 conta corrente 20621-5 CNPJ 020.002.920.001-98 Potencial Humano Consultoria e a segunda no dia do Workshop. Após o depósito, enviar comprovante para potencial@phc.com.br.
Inscrições: Pelos telefones (21) 2569-1187; 2284-9449 ou 99973-2738; e-mail: potencial@phc.com.br aos cuidados da Psicóloga Luci  Pereira
Facilitador: Joper Padrão, MBA em Gestão de Negócios, Pós Graduado em Gestão Estratégica, Economista e Contador, Executivo com 40 anos de experiência em liderança e conquistas de resultados de equipes em empresas de grande e médio porte, e pela atividade de voluntários em organizações não governamentais. Autor consagrado e palestrante com larga experiência. Membro da Academia Nacional de Economia e da Academia de Ciências Contábeis do Estado do Rio de Janeiro.

Promoção Especial: As 5 primeiras inscrições terão o valor promocional de R$ 400,00 em duas parcelas de R$ 200,00 cada.

Venha e faça parte dessa incrível jornada pelo seu autodesenvolvimento. Veja mais em http://www.phc.com.br/

Joper Padrão

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

"Uma oportunidade perfeita para quem não quer ficar parado esperando o mundo e as informações girarem à sua volta." Luciana (ago/15)

Agora é a sua vez. Participe do novo grupo de 12 de setembro.


A liderança pode ser desenvolvida a partir do aprofundamento do autoconhecimento. Melhores serão os resultados do trabalho em equipe, quanto mais o Líder fortalecer suas competências no segmento de negócios, suas habilidades interpessoais e sua compreensão existencial.

Empresas são o resultado da interação das pessoas que as integram. O Líder que se conhece, faz aumentar a sinergia das equipes que integra, o desempenho dos times e da organização.

LIDERANÇA MULTIDIMENSIONAL possibilita a compreensão e o fortalecimento de atitudes que levam profissionais e empresários à melhoria de performance dos grupos de trabalho.

O investimento é de R$ 440,00 em duas parcelas de R$ 220,00 cada (uma na inscrição e outra no dia do evento).

Garanta sua participação. Inscreva-se já em : http://www.phc.com.br/imagesnewsletter/20150817-email-mkt.html

Sou grato pela atenção e terei prazer em compartilhar consigo dessa fabulosa experiência.

Joper Padrão



sábado, 27 de junho de 2015

É Preciso Ser o Agente de Nossas Próprias Mudanças

A Vida é um interminável fio de mudanças. "Tudo o que nasce deve morrer, passando pela natureza em direção à eternidade", afirmou corretamente William Shakespeare.
O ser humano tem o livre arbítrio de optar por ser um espectador das mudanças que lhe afetam ou buscar o papel de protagonista de sua trajetória.
Rotina e acomodação são armadilhas. A paz interior se sente abalada mais pela estagnação, pela acomodação, do que pelas circunstâncias externas que nos rodeiam a cada instante.
Quando a pessoa busca ser o permanente promotor de suas próprias mudanças, se sente robustecida para se defrontar com as adversidades.
Confiante, com serenidade, compreendendo a teia de relações e as suas ancestralidades, a pessoa humana segue sua trajetória de desenvolvimento individual e coletivo.
Sem dúvida, é conveniente, é preciso ser o agente de nossas próprias mudanças.

domingo, 21 de junho de 2015

CONEXÕES PRODUTIVAS E RESPEITOSAS

Fazer de cada atitude uma oportunidade para construir a Paz e apresentar-se como ser humano útil a um número cada vez maior de pessoas, é demonstração de sabedoria.

As chances são inúmeras e estão no cotidiano. Um simples gesto pode mudar o rumo dos acontecimentos. Qual o significado de um cumprimento cordial no elevador, ao iniciar o dia, para alguém que à noite esteve diante de suas incertezas? Quanto vale a ajuda a uma pessoa para atravessar uma rua, se ela demonstra dificuldade de caminhar? O que representa o nosso aplauso para um malabarista de rua, desses que se apresentam nos cruzamentos das ruas em nossas cidades?

E qual o valor da contemplação do cenário que o céu nos apresenta, pouco importa se em azul radiante, ou cinza chuvoso? Ou cantarolar em nossa mente uma bela canção que nos agrade? Ou lembrar de uma passagem com pessoas queridas?

Sempre possível passar a mão no Smartphone e digitar uma mensagem pelo WhatsApp para alguém de nossas relações, com quem estamos a algum tempo distantes, com algo do tipo "Que nosso dia seja iluminado ...".

São os pequenos gestos que fazem as grandes diferenças. Assim se constroem conexões produtivas e respeitosas. Assim se faz a paz!


segunda-feira, 15 de junho de 2015

A ORIGEM DO CONTO DO VIGÁRIO (por Fernando Pessoa)

Muitas são as vezes que empregamos expressões desconhecendo, ao certo sua origem. "Conto do Vigário" é uma dessas. Admirador que sou de Fernando Pessoa, e bem relacionado com amigos ilustres, como Boaventura Nogueira (de Torres Vedras - Portugal) e Antonio Joaquim (de Duque de Caxias - Brasil), tendo recebido esta pérola, logo me apressei em compartilha-la  pelo meu Blog. Sem interferir no texto original, apenas procurei adaptar a escrita à grafia do Brasil). Boa leitura e todos.
Joper Padrão


Vivia há já não poucos anos, algures, num conselho do Ribatejo, um pequeno lavrador, e negociante de gado, chamado Manuel Peres Vigário.
Da sua qualidade, como diriam os psicólogos práticos, falará o bastante a circunstância que dá princípio a esta narrativa. Chegou uma vez ao pé dele certo fabricante ilegal de notas falsas, e disse-lhe: «Sr. Vigário, tenho aqui umas notinhas de cem mil réis que me falta passar. O senhor quer? Largo-lhas por vinte mil réis cada uma.» «Deixa ver», disse o Vigário; e depois, reparando logo que eram imperfeitíssimas, rejeitou-as: «Para que quero eu isso?», disse; «isso nem a cegos se passa.» O outro, porém, insistiu; Vigário cedeu um pouco regateando; por fim fez-se negócio de vinte notas, a dez mil réis cada uma.
Sucedeu que dali a dias tinha o Vigário que pagar a uns irmãos negociantes de gado como ele a diferença de uma conta, no valor certo de um conto de réis. No primeiro dia da feira, na qual se deveria efetuar o pagamento, estavam os dois irmãos jantando numa taberna escura da localidade, quando surgiu pela porta, cambaleando de bêbado, o Manuel Peres Vigário. Sentou-se à mesa deles, e pediu vinho. Daí a um tempo, depois de variada conversa, pouco inteligível da sua parte, lembrou que tinha que pagar-lhes. E, puxando da carteira, perguntou se, se importavam de receber tudo em notas de cinquenta mil réis. Eles disseram que não, e, como a carteira nesse momento se entreabrisse, o mais vigilante dos dois chamou, com um olhar rápido, a atenção do irmão para as notas, que se via que eram de cem. Houve então a troca de outro olhar.
O Manuel Peres, com lentidão, contou tremulamente vinte notas, que entregou. Um dos irmãos guardou-as logo, tendo-as visto contar, nem se perdeu em olhar mais para elas. O vigário continuou a conversa, e, várias vezes, pediu e bebeu mais vinho. Depois, por natural efeito da bebedeira progressiva, disse que queria ter um recibo. Não era uso, mas nenhum dos irmãos fez questão. Ditava ele o recibo, disse, pois queria as coisas todas certas. E ditou o recibo – um recibo de bêbedo, redundante e absurdo: de como em tal dia, a tais horas, na taberna de fulano, e estando nós a jantar (e por ali fora com toda a prolixidade frouxa do bêbedo...), tinham eles recebido de Manuel Peres Vigário, do lugar de qualquer coisa, em pagamento de não sei quê, a quantia de um conto de réis em notas de cinquenta mil réis. O recibo foi datado, foi selado, foi assinado. O Vigário meteu-o na carteira, demorou-se mais um pouco, bebeu ainda mais vinho, e daí a um tempo foi-se embora.
Quando, no próprio dia ou no outro, houve ocasião de se trocar a primeira nota, o que ia a recebê-la devolveu-a logo, por escarradamente falsa, e o mesmo fez à segunda e à terceira... E os irmãos, olhando então verdadeiramente para as notas, viram que nem a cegos se poderiam passar.
Queixaram-se à polícia, e foi chamado o Manuel Peres, que, ouvindo atônito o caso, ergueu as mãos ao céu em graças da bebedeira providencial que o havia colhido no dia do pagamento. Sem isso, disse, talvez, embora inocente, estivesse perdido.
Se não fosse ela, explicou, nem pediria recibo, nem com certeza o pediria como aquele que tinha, e apresentou, assinado pelos dois irmãos, e que provava bem que tinha feito o pagamento em notas de cinquenta mil réis. «E se eu tivesse pago em notas de cem», rematou o Vigário «nem eu estava tão bêbedo que pagasse vinte, como estes senhores dizem que têm, nem muito menos eles, que são homens honrados, mas receberiam.» E, como era de justiça foi mandado em paz.
O caso, porém, não pôde ficar secreto; pouco a pouco se espalhou. E a história do «conto de réis do Manuel Vigário» passou, abreviada, para a imortalidade quotidiana, esquecida já da sua origem.
Os imperfeitíssimos imitadores, pessoais como políticos, do mestre ribatejano nunca chegaram, que eu saiba, a qualquer simulacro digno do estratagema exemplar. Por isso é com ternura que relembro o feito deste grande português, e me figuro, em devaneio, que, se há um céu para os hábeis, como constou que o havia para os bons, ali lhe não deve ter faltado o acolhimento dos próprios grandes mestres da Realidade – nem um leve brilho de olhos de Macchiavelli ou Guicciardini, nem um sorriso momentâneo de George Savile, Marquês de Halifax.
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Contado por Fernando Pessoa.
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(publicado pela primeira vez no diário Sol, Lisboa, ano I, nº 1, de 30/10/1926, com o título de «Um Grande Português». Foi publicado depois no Notícias Ilustrado, 2ª série, Lisboa, 18/08/1929, com o título de «A Origem do Conto do Vigário».

sábado, 13 de junho de 2015

FERNANDO ANTONIO DE BULHÕES - O LÍDER

Nesta data, 13 de junho, no ano de 1231, falecia em Pádua, Itália, o ainda jovem português de Lisboa, Fernando Antonio de Bulhões, aos 40 anos de idade.

Sua personalidade ilustre que engrandece a História da Humanidade, acaba por ser pouco conhecida como ser humano que foi dada a sua canonização pela Igreja Católica, e a crença popular que traz à mídia a imagem de Santo Antonio – o Casamenteiro. Na verdade, o homem Fernando Antonio foi um ilustre pensador que buscou por toda a sua vida fazer o bem ao próximo e refletir sobre a existência do ser humano nessa maravilhosa jornada que chamamos “Vida”.

A vida do grande líder Fernando Antonio é fonte de inspiração para pessoas como eu, que se encantam com indivíduos que fazem de sua existência razão de dignificação da espécie humana.

A Humanidade é a nossa (minha) missão. Para desempenhar tal desígnio, é preciso conhecer a História daqueles que podem nos mover a fazer dsta jornada algo prazeroso e construtivo, na contramão das desigualdades tão presentes e aparentemente acentuadas nesse mundo globalizado.

Em memória de Fernando Antonio de Bulhões, a minha saudação respeitosa.


Joper Padrão