sábado, 13 de fevereiro de 2016

PELAS ONDAS DO RÁDIO

Dezoito horas. Despeço-me dos ouvintes: "Até a próxima semana, amigos e amigas". Desço do estúdio da Rádio AM no Centro do Rio.
Encontro com um empresário amigo de longa data.
"Olá Joper" diz meu interlocutor. "Ouvia você pelo rádio".
Me surpreendo. "Como assim? Você ???"
"Claro Joper. Eu o ouço todas as terças-feiras no seu programa das 5 às 6. O trânsito diminui e me atualizo com suas informações sobre serviços humanitários".
Até então, enganado, eu pensava que meus ouvintes seriam senhoras do lar, pessoas hospitalizadas, motoristas de taxi ... Ledo engano. Eu engatinhava com um programa semanal e desconhecia quem seriam os meus ouvintes ... Comp aprendi.
Daí em diante passei a perceber o alcance das ondas do rádio. E como ganhei com essa descoberta!
Hoje reconheço o rádio como um grande veiculo de comunicação com pessoas dos mais diversos segmentos da sociedade.
Recentemente o jornalista Alex Campos me fez um pedido honroso. Ele, um comunicador do rádio de grande expressão, fazia sua incursão no campo da literatura e me pedia para prefaciar seu primeiro livro: Faça as pazes com o dinheiro. Uma grande distinção. Lá eu afirmo: "Alex sempre soube fazer som sem imagem ..." Essa é minha forma respeitosa de ver aqueles que descobrem esse fabuloso veículo, onde a imagem perde expressão para a força da locução verbal, da interpretação das palavras.
Hoje é o Dia Mundial do Rádio. A UNESCO elege seu tema para celebrar a data:  O Rádio Em Situações de Emergência e Desastre. Oportuno! 
Com as celebrações do Dia Mundial do Rádio em todo o mundo, a UNESCO promove o rádio em situações de emergência e desastre, e apresenta as seguintes mensagens:
  1. A liberdade de expressão e a segurança de jornalistas devem ser à prova de desastres.
  2. O rádio empodera os sobreviventes e as pessoas vulneráveis, cujo direito à privacidade deve ser respeitado.
  3. O rádio tem impacto social e fornece acesso à informação. O direito das pessoas à informação deve ser protegido, mesmo em situações de emergência e desastre.
  4. O rádio salva vidas.
  5. A acessibilidade imediata às frequências de rádio é essencial para salvar vidas. Essas frequências devem ser protegidas, pois ficam disponíveis em situações de emergência.
Hoje, como jornalista provisionado, me sinto no dever de reverenciar o rádio. Por mérito e reconhecimento. Graças às ondas do rádio ganhei amigos e amigas. Ganhei experiência na comunicação. Conquistei minha filiação junto à ABI Associação Brasileira de Imprensa. Reconheço o rádio como uma força fabulosa de comunicação. E, dessa forma, rendo minhas homenagens a todos os profissionais, todas as equipes - dos locutores aos técnicos, que fazem desse veículo o caminho para a paz.