sábado, 22 de setembro de 2012


CAMINHOS VERDES PARA A PAZ

Neste mês de setembro, na Associação Comercial do Rio de Janeiro,  a convite do Conselho Empresarial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, a Dra. Inguelore Scheunemann introduziu o tema Gestão Integrada do Território, afirmando: A realidade é sempre integrada, é uma . São as intervenções humanas que podem ser desarticuladas, e muitas vezes são!”

O ser humano é parte integrante da Natureza, afirma a Declaração dos Direitos do Homem ao Saneamento e Meio Ambiente, aprovada em Goiânia durante o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Por ser assim, a criatura – o Ser Humano - deveria viver em equilíbrio com a Natureza – a sua criadora. No entanto, o que se vê ao longo da história da Humanidade é a permanente tendência ao conflito, à beligerância, e à quebra de condições sociais e ambientais para que impere a paz e o convívio harmônico entre semelhantes.

Então, para que se pensem quais sejam os caminhos verdes para  a paz, é necessário fazer uma rápida regressão na trajetória da civilização até os dias de hoje e pensar nas principais ocorrências que marcaram essa magnifica jornada de vida e progresso.

Descobertas realizadas por arqueólogos estadunidenses e alemães desde 1964 asseguram que Göbekli Tepe, região localizada na Turquia próxima à fronteira com a Siria, é o marco inicial da civilização humana. Ali, povos pré-históricos teriam contemplado rebanhos de gazelas e outros animais selvagens, rios mansos que atraiam gansos e patos migratórios.

"Esta área era como um paraíso", diz o professor Klaus Schmidt, do Instituto Arqueológico Alemão.

Impossível estimar quantos indivíduos viveram em Göbekli Tepe. No entanto, o Relatório divulgado em 2.011 pelo Fundo de População das Nações Unidas estima que somente em 1.800 da era Cristã a Humanidade tenha atingido a casa do primeiro bilhão de habitantes.

Assim, pode-se concluir que o ser humano levou seguramente mais de 10.800 anos para formar a primeira “familia global” com 1 bilhão de pessoas.

De lá para cá o que se constata no relatório da UNFPA United Nations Population Funb é um excepcional crescimento da população que permite projetar a cifra dos 9.750 mil habitantes no ano de 2.150. Essa escalada fenomenal pode ser pontuada a partir dos seguintes marcos:

Até 1.804 – 10.804 anos – 1º bilhão de habitantes
Em 1.927 – 123 anos depois – 2º bilhão
Em 1.959 – 32 anos – 3º bilhão
Em 1.974 – em 15 anos de intervalo – 4º bilhão
Em 1987 – em apenas 13 anos + 1 bilhão, o 5º
Em 1.999 – 12 anos após + 1 bilhão, o 6º
Em 2.011 – novo intervalo de 12 anos atingimos a marca dos 7 bilhões

Estudos das Nações Unidas prevêm para daqui a 19 anos, em 2.030 a casa dos 8 bilhões 110 habitantes; 20 anos adiante, em 2.050, 8bilhões 910 mil; e em 2.150, a marca histórica de 9 bilhões 750 mil seres humanos sobre a Terra.

Esses dados instigam a imaginar como suprir as necessidades desse fabuloso contingente populacional.

·        Como possibilitar o acesso à água potável, assegurando saúde elementar a todos?
·        Como suprir de energia a demanda decorrente e propiciar condições de desenvolvimento econômico, reduzindo os desequilíbrios entre ricos e miseráveis?
·        Como alimentar essa colossal população, afastando-a da fome?
·        Como formar as novas gerações com educação básica, elimando as causas de desigualdades tão gritantes como as que hoje são identificadas?
·        Como reduzir os impactos do crescimento populacional sobre a Natureza, permitindo uma nova e adequada pegada ecológica em todas as regiões?

Essas indagações são parte do incentivo proposto pela Governadora Alice Cavalieri neste Fórum: como construir “os caminhos verdes para a paz”?

Se por seu lado a população mundial cresceu nessas proporções, também é sabido que vários fatores impactaram de forma negativa a vida humana. Fenômenos e catástrofes naturais, epidemias, conflitos bélicos e ações de genocidas foram algumas dessas ocorrências que trouxeram grandes baixas, dizimando por vezes a civilização em várias épocas.

Durante a Rio 92 o conceito do desenvolvimento sustentável foi determinado como um norte a orientar o rumo: aquele capaz de suprir as necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das das gerações futuras. 

Rotary International foi protagonista daquele encontro quando o brasileiro Paulo Viriato Correa da Costa, Presidente 91-92 lançou  o seu olhar para o futuro conclamando os Rotarianos de todo o mundo com o programa: Salve o Planeta Terra, alerta lançado  num gesto de pioneirismo dentre as organizações formadas por profissionais e empresários de abrangência global que buscam edificar a paz e a compreensão.

Naquele momento histórico no Parque do Flamengo e no Rio Centro, os palcos utilizados pelas Organizações Não Governamentais de um lado e pelos Governos constituídos de outro, representantes dos mais variados segmentos sociais e políticos firmaram a Agenda 21, quando a Carta da Terra foi divulgada e mais adiante ratificada pelas Nações Unidas em 2.002:

“Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher seu futuro.           
À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas.
Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz.
Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos   da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações” (Carta da terra)

Em 2002 o WWF World Wilde Fund estimava que o homem consumisse 20% a mais de recursos naturais do que a Natureza era capaz de repor. Passados 20 anos, na Rio+20 o Diretor-Geral desse mesmo organismo Jim Leape afirmou:  "Estamos vivendo como se tivéssemos um planeta extra à nossa disposição. Estamos usando 50% mais recursos do que a Terra pode produzir de forma sustentável e a menos que mudemos o curso, este número crescerá rápido. Em 2030, mesmo dois planetas não serão suficientes". Será possível suportar essa onda crescente?

Os meios de divulgação há anos vêm dando espaço cada vez maior  a notícias sobre os impactos desse modelo de desenvolvimento sobre a Natureza: aquecimento global, degelo de camadas polares, mudanças climáticas extremas, inundações, furacões em áreas aonde esse fênomeno jamais havia ocorrido, deslizamentos e desmoronamentos, elevação do nível dos mares, são termos que já fazem parte da linguagem popular em todos os idiomas. Mas, mesmo assim, o modelo de desenvolvimento que se torna a aspiração dos países em desenvolvimento é o mesmo até então adotado pelos “países do primeiro mundo”, cujo padrão de conumo de recursos naturais se mostra inexequível e indesejado.

Qual será, então, o papel da atual e das novas gerações, justamente para garantir que a teoria do Desenvolvimento Sustentável seja colocada em prática?

A resposta é uma mudança gradual, porém urgente e decisiva de atitude diante do padrão de desenvolvimento que se precisa ter desde já, imediata e prioritariamente em todos os setores.

Nesse campo se destaca o papel do Rotary Construindo o futuro, com ação e visão como propõe o argentino Luis Vicente Giay, Presidente no período 96-97. Voltando-se para o futuro-presente, Giay foi taxativo ao firmar o papel das Novas Gerações na marcha para a perenidade.

Mas, qual será a missão daqueles atualmente mais jovens?  Afinal, a cada dia amadurecem e são sucedidos por novos contingentes com outra mentalidade ... Essa será, então, a diferença: mentalidade e práticas mais adequadas do que as até aqui adotadas pela Humanidade.

Na visão dos Rotarianos serão os cidadãos cada vez mais comprometidos com a busca de condutas equilibradas, quer em suas vidas familiares, quer em suas atividades profissionais e empresariais, que farão a diferença.

Afinal, o caráter do Rotariano se coaduna com a máxima de Mahatma Gandhi: ser a mudança que se deseja ver no mundo!

O Programa de Intercâmbio Internacional de Jovens mantido pelo Rotary há décadas semeia Embaixadores da Paz por todos os Continentes. Jovens que vivenciam experiências diferentes de suas culturas e que retornam a seus lares com a semente da mudança necessária em suas vidas e de suas comunidades.

Interact e Rotaract, jovens Companheiros dos Rotarianos no trabalho voluntário, agem efetivamente como fazem quando promovem com alegria, por exemplo, o plantio de Árvores da Amizade por todos  os cantos.

Esses e todos os outros jovens nos quais o Rotary investe, como os Bolsistas Rotary para a Paz, os membros do Programa de Intercâmbio de Estudos e muitos mais, farão a diferença como futuros empresários e profissionais adequando os padrões de consumo em seus hábitos pessoais, em seus lares, em suas empresas, em suas comunidades, fazendo a sinergia global tão necessária.

Neste Pão de Açucar, ícone que projeta favoravelmente a Cidade Maravilhosa por todo o Mundo, ocorreu a primeira manifestação dos portugueses que aqui aportaram para que pudessem superar as adversidades de sua sobrevivência, com a perfuração do poço junto ao Morro Cara de Cão.                      

Daqui rumaram na direção do que hoje conhecemos como Centro da Cidade para se aproximarem de uma fonte generosa de água doce e desde então conquistaram o gentílio daqueles que nascem nesta Capital:

Cariocas  (Cari = homem branco + Oca = casa).

Hoje, seis milhões de cariocas se abastecem de outra fonte igualmente generosa de água doce, o Rio Paraíba do Sul, distante mais de cem quilometros e que sofre as consequências de sua poluição.

Como resolver a demanda crescente nessas condições? Certamente são necessárias mudanças urgentes como o uso racional da água potável, a coleta da água de chuva e o reaproveitamento da água servida para atividades secundárias ... ou mesmo a dissalinização da água do mar, com estações de tratamento dessa adundante fonte: o oceano.

A geração de energia, hoje baseada na queima de mineirais fósseis e que no Brasil conta a contribuição da energia gerada pelas fontes hídricas, tem em tecnologias limpas novas fontes, como a eólica produzida a partir dos ventos, ou a gerada pelas ondas das marés.

Lidar com dejetos precisa de outras práticas. Redução da sua produção, reciclagem de materiais, compostagem dos resíduos orgânicos, produção de energia pela queima do lixo remanescente, são algumas das mudanças necessárias.

O disperdício tão arraigado em todos os setores precisa ser substituído pelo uso racional dos recursos. Do alimento consumido à mesa, à produção industrial, tudo precisa ser repensado.

E, como afirma a Dra. Inguilore é preciso rearticular as intervenções humanas e a principal mudança deve ser a da inserção da cultura como um quarto pilar para o desenvolvimento sustentável em reforço ao tripé aceito desde a Rio 92 (fatores economicos, sociais e ambientais), compondo então da Gestão Integrada do Território uma grande tendência para a mitigação dos efeitos da ação do homem sobre a Natureza.

Altemar Dutra nos inspira na entrada da Primavera:

Vê, estão voltando as flores;
vê, nessa manhã tão linda;
vê, como é bonita a vida;
vê, há esperança ainda.
Vê, as nuvens vão passando;
vê, um novo céu se abrindo;
vê, o sol iluminando,
por onde nós vamos indo.

O estadunidense Richard King, Presidente 01-02 afirma: A Humanidade é a Nossa Missão. E toda a família rotária saberá dar conta desse legado.

Saberemos nos inspirar em Sadako Sassaki, menina vitimada pela bomba de Hiroshima, que com suas 646 dobraduras de papel em forma de Tsurus, acabou por fazer com que se edificasse o Monumento das Crianças à Paz – a Torre dos Tsurus, onde se lê: Este é o nosso grito, esta é a nossa oração. Paz na Terra!

Saberemos mostrar o quanto o cidadão japonês Sakuji Tanaka, Presidente 12-13 do Rotary International, está correto ao inspirar a todos a serem para sempre perseverantes na construção da Paz através do Servir.

Joper Padrão do Espirito Santo
Pão de Açucar, 22 de setembro de 2012
Obrigado!

quarta-feira, 28 de março de 2012

EXALTAÇÃO AO SONHO

Lá pelos idos de 2000 eu iniciava a inacreditável jornada como então Governador Indicado para o Distrito 4570, convidando uma equipe de líderes para compor aquela que a partir de então passaria as se denominar como “Equipe Padrão”. Um dos primeiros passos foi o de dar a partida no processo de planejamento estratégico, atitude pioneira no Brasil.

Ao Governador de Distrito cabe, dentre outros desafios, a criação de novos Clubes de Rotary. A demanda social é crescente e Rotary precisa de novas unidades para atender às necessidades das comunidades. Ao fazer uma retrospectiva, a Equipe verificou que o Distrito vinha crescendo, com timidez, o número de Rotary Clubs. Assim, contando então com 67 Rotary Clubs, ousamos definir como meta o incremento de 10% no tamanho do Distrito, ou seja, nos determinamos a empreender a criação de sete novos Clubes.

A criação de um Rotary Club obedece a uma sequência de ações a partir da prospecção de mercado. Naquela ocasião, a avaliação da área abrangida pelo Distrito 4570 nos mostrava possibilidades de crescimento a partir de concentrações de líderes profissionais e empresariais que pudessem se interessar por formar novas unidades. Assim, focamos os condomínios residenciais e os shopping centers da Barra da Tijuca; os novos bairros na Capital (como o do Vasco da Gama, entre São Cristóvão e Caju); bairros da Capital sem cobertura (como Santa Teresa e Realengo); cidades vizinhas com apenas uma oportunidade de reunião (como Nilópolis); e eventuais cidades vizinhas sem Rotary Club.

Em fevereiro de 2001 o grupo de 36 casais Governadores Indicados se reunia no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, em embarque para Anaheim, Califórnia, para o tão esperado treinamento, orientação no Presidente Eleito de Rotary International e eleição em Assembleia Internacional. Alguns casais já vinham mantendo contato anterior por meio virtual, e aquele era o momento do estreitamento das relações.

Acomodados na aeronave para uma viagem relativamente longa, sentaram-se lado a lado Heledirce e Vitória, e os Governadores George Pinheiro e Joper Padrão. Surgia, então, uma grande, sincera e duradoura amizade entre os “Águias Reais” dos Distrito 4720 e 4570, eles da região amazônica, o Distrito de maior extensão territorial do Mundo e nós, por oposto geograficamente, de um dos de menor área, (talvez o menor de todos) embora o mais antigo de língua portuguesa.

Quis o destino que em nossas conversas logo surgisse a questão da criação de novos Clubes. Falamos sobre a intenção de ambos de fazer crescer os respectivos Distritos e nós, aqui do sudeste, com a determinação de instalar sete novos Clubes ao que George, destacada liderança do Acre, logo sugeriu: “Governador Joper, que tal criar um novo Clube no Alpha Barra? Tenho apartamento e lojas lá e sei que ali tem um número de lideranças capaz de formar um novo Clube de Rotary”.

A semente estava plantada em solo fértil. Ao regressar, partimos para a identificação daqueles que seriam os representantes especiais do Governador para a formação dos novos Clubes. Aquele grupo de “Governadores dos Paletós Pretos” havia recebido instruções inovadoras em Rotary. Uma delas: os Clubes padrinhos podiam ser de áreas diferentes daquela onde o novo Clube seria formado, desde que tivessem pelo menos 20 associados. E os representantes do Governador podiam ser de qualquer Clube do Distrito, sem distinções.

O próximo passo: identificar esses líderes e os Clubes padrinhos. Gil e Cida Loja se destacavam, assim como outros Companheiros, com as características ideais para motivarem novos líderes. Eles moravam no Alpha Barra e estavam associados aos Rotary Clubs do Grajau e Vila Isabel respectivamente. Eram rotarianos experientes e entusiasmados.
Tácito Melo Barbosa, meu afilhado e associado ao Rotary Club da Tijuca era designado para servir ao Rotary como Secretário Distrital, e ele e Christina mudavam o domicilio do Rio Comprido para o Recreio. Pronto! O que até então era uma sugestão de um acreano de visão, começava a se materializar.

Um novo horizonte se descortinava para o rotarismo no Distrito 4570. Contando com o apoio de três Rotary Clubs de grande expressão (Grajaú, Recreio dos Bandeirantes e Barra), logo percebemos que a nova unidade proporcionaria uma aproximação entre Companheiros de Clubes de outros bairros que haviam, a exemplo de Tácito, transferido suas residências e negócios para a Barra, como o atual Presidente José Augusto, até então associado ao Rotary Glória. Da mesma forma, rotarianos de outros Estados logo perceberam a oportunidade de retornarem a Rotary, como Edson Ayres. A eles, novas lideranças rapidamente se juntariam como o arquiteto Floriano e outros mais.

Estava concebido, então, o que viria a ser a gênese do Rotary Sernambetiba: uma fabulosa mescla de diversas experiências rotárias estimulando novas lideranças. E hoje, o que se vê, é essa maravilhosa realidade que a todos encoraja a acreditar que sonhar e lutar pela realização dos sonhos é frutuoso.

O Rotary Sernambetiba, nesta noite em que a sociedade carioca celebra o seu 10º aniversário, reafirma a máxima que Raul Seixas imortalizou, em sua canção Prelúdio, com o pensamento atribuído a John Lennon: “A dream you dream alone is only a dream. A dream you dream together is reality".

Sonho que se sonha só
É só um sonho que se sonha só
Mas sonho que se sonha junto é realidade.

De minha parte o sentimento que nutro nesta noite é o de profunda gratidão. Ao Governador George Pinheiro, pela inspiração; ao Companheiro Tácito Barbosa, pela abdicação; a Zélia Perruci e todos os companheiros que se somaram na empreitada de sua consolidação, pelo apoio; aos Clubes Padrinhos, Grajau, Recreio dos Bandeirantes e Barra da Tijuca, pelo estímulo; a Alexandre Sosinho, Eduardo Ribeiro e a todos os que nestes dez anos passaram pelo Rotary Sernambetiba, pela agregação de valor; a Gil Pinto Loja e aos que pranteamos pela perda do inesquecível convívio, pelo legado.

É amigos: o esforço é grande e o homem é pequeno! Encerro esta mensagem à comunidade desta região litorânea da Capital do Estado do Rio de Janeiro, da Cidade Maravilhosa, com esperança e fé no futuro, inspirado neste jovem e maduro Rotary Club RJ Sernambetiba, reafirmando os versos de Fernando Pessoa em Padrão:

O esforço é grande e o homem é pequeno.
Eu, Diogo Cão, navegador, deixei
Este padrão ao pé do areal moreno
E para diante naveguei.

A alma é divina e a obra é imperfeita.
Este padrão sinala ao vento e aos céus
Que, da obra ousada, é minha a parte feita:
O por-fazer é só com Deus.

E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quintas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.

E a cruz no alto diz que o que me há na alma
E faz a febre em mim de navegar
Só encontrará de Deus na eterna calma
O porto sempre por achar.

Vida longa ao Rotary Sernambetiba! Louvados sejam Companheiros!

Joper Padrão do Espirito Santo
Saudação ao Rotary Club RJ Sernambetiba na reunião de celebração do 10º anioversário de fundação
Rio de Janeiro, 17 de março de 2012

domingo, 18 de março de 2012

Rotary e Lions Caminhos Comuns para a Paz



Em 1989 o documentário Ilha das Flores, curta-metragem, trazia a público um legado ainda hoje analisado e discutido. Seu Roteirista e Diretor, Jorge Furtado, descrevia de forma ácida e com linguagem atraente (embora quase científica) como a economia pode gerar desigualdades entre os seres humanos. Laureado em vários festivais (Gramado, 1989; Berlim, 1990; Clermont-Ferrand, Nova York, e Hamburgo em 1991) o curta recebeu inclusive o reconhecimento da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil o Prêmio Margarida de Prata em 1990.

Da comparação entre tomates, galinhas e seres humanos, a narrativa demonstra mostra as diferenças entre cada um desses elementos, e evidencia o homem como o único dentre eles que dispõe de “tele encéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor” (mote reforçado por todo o roteiro). Em círculos crescentes, trata sobre a cadeia econômica que envolve a plantação de tomates, a criação de galinhas e os seres humanos como empresários e consumidores, até chegar ao aterro sanitário (no caso o da Ilha das Flores -um caso verídico naquela época) e ao porco, outro animal adotado pela estória para mostrar o quanto o ser humano, levado por princípios meramente materiais, pode chegar ao máximo da injustiça social contra seus próprios semelhantes.

A economia, suposto ambiente árido, jamais foi motivo para que todos os seus agentes adotassem práticas que os levassem por caminhos como o denunciado no filme. Muito pelo contrário! Assim, empreendedores que surgiram do ventre da Revolução Industrial jamais se mostraram absolutamente avessos a compreender as necessidades do próximo. Ao contrário, muitos se mostraram altruístas, com práticas humanitárias, mesmo diante do desafio de construir o mercado capitalista baseado no lucro.
Charlie Dieckens, aliás, aborda essa questão - a do empresário insensível e de seu arrependimento, de forma magistral na obra Um Conto de Natal (A Christmas Carol, 1843). Nessa fábula, um amargo homem de negócios chamado Ebenezer Scrooge, recebe a visita do fantasma do seu finado sócio, Jacob Marley, condenado no além a sofrimentos acerbos e penitências atrozes em razão da má conduta terra. Scrooge tenta confortar o desditoso Marley, dizendo que ele tinha sido excelente, ao que a desventurada alma rebate aos prantos: “Negócios! A humanidade é que deveria ter sido o meu negócio. O bem-estar comum; caridade piedade, compaixão, perdão e benevolência é que deveriam ter sido o meu negócio.” Inspirado neste conto, o Companheiro em Rotary Richardo King, Presidente de Rotary International 2001-2002, motivou todo o universo rotário com o lema: Mankind is our business, traduzido para o português como A Humanidade é a Nossa Missão.

Foram homens de negócios com elevado senso de justiça que decidiram juntar-se em grupos com afinidades que, mais recentemente contando com a fabulosa adesão de mulheres profissionais e empresárias, constituem hoje verdadeiros fenômenos da sociedade moderna, como demonstração cabal de que o mundo pragmático jamais há de transformar “o ser dotado de tele encéfalos altamente desenvolvido e polegar opositor” em pessoa insensível.

São esses indivíduos, com aguçada sensibilidade humanitária, que materializam e dão dimensão a entidades como Rotary e Lions em mais de 80 mil grupos locais instalados em suas comunidades, usualmente conhecidos como Clubes de Serviços.

Fruto da genialidade e da ousadia de alguns poucos como os fundadores Paul Harris e Melvin Jones, essas entidades dignificam o papel do empresariado na sociedade, desde muito antes de se falar em responsabilidade social.
Fundadas nos primórdios do Século passado, ambas se mostram experientes e ao mesmo tempo vanguardistas, sempre adiante dos tempos e dos acontecimentos. Rotary surgiu em 1905, nos Estados Unidos da América, e com seus 107 anos de existência, se coloca com seus 34 mil Rotary Clubs frente aos desafios da caminhada rumo ao segundo centenário. Lions foi fundado em 1917, no mesmo País de origem, e se vê às vésperas de seu primeiro centenário com seus 46 mil Lions Clubes, efeméride que merece ser celebrada em grande estilo, à altura de sua folha de serviços prestados.

Os contingentes que integram as duas organizações mostram números espetaculares. Mais de 1.350.000 Leões e 1.213.000 Rotarianos perfilam como associados. Porém, se considerados jovens, familiares, ex-companheiros e voluntários arregimentados nas comunidades, pode-se avaliar que a cifra total de prestadores de serviços dessas duas organizações contabilize aproximadamente 5 milhões de pessoas atuantes em todos os Continentes fazendo a diferença por seus hábitos cotidianos, por sua conduta ilibada, por sua determinação de fazer deste um Mundo cada vez melhor.

Esse contingente se torna mais representativo ainda, se considerado o patrimônio moral e a experiência de liderança que esses cidadãos agregam por intermédio de cada uma de seus Clubes

Essas lideranças mantém agradável convívio que denominam como “Companheirismo”, verdadeira liga que torna possível a aproximação e a aceitação de pessoas de diferentes segmentos de mercado, mas que se identificam pelo ideal que lhes é comum.

“Vocês todos tocaram um ponto importante”, ressaltei. “Os Leões de todos os lugares participam de uma vasta variedade de programas de serviço, se engajam em algumas campanhas de arrecadação de fundos recompensadoras e, é claro, se dedicam aos ideais sintetizados na filosofia do Nós Servimos. Entretanto, é o maravilhoso companheirismo compartilhado por todos os membros que nos mantêm juntos. É este caloroso e aconchegante companheirismo que construí as pontes entre Leões de diferentes línguas, religiões e culturas, pontes que estão permitindo que os Leões se unam em programas de serviços e como indivíduos tendo um propósito comum. Entretanto, este companheirismo é testemunho em todos os níveis do Lions Clube Internacional e ninguém pode deixar de admirar como ele consistentemente, quebra quaisquer barreiras que possam existir entre as pessoas.”

Estas são palavras do Companheiro em Lions Augustin Soliva, Presidente Internacional de Lions período 1996-1997 que bem ilustram a prática do Companheirismo. O mesmo líder que em dezembro de 1996 manteve encontro histórico com o Presidente de Rotary International, o Companheiro Luis Vicente Giay iniciando um caminho sem fim que permanece iluminando novas lideranças, e que hoje nos traz a esse encontro também histórico na Cidade de Marilia. Quis o destino que neste período esta Cidade produzisse simultaneamente dois grandes líderes dessas organizações: pelo Distrito LC8 de Lions, o Companheiro Governador Ricardo Komatsu, médico respeitado e reconhecido; e pelo Distrito 4510 de Rotary International, o Companheiro Governador Márcio Medeiros, jornalista e empresário renomado e de destaque internacional. Anfitriões que escrevem páginas dessa História maravilhosa de companheirismo e caminho lado a lado.

Companheirismo como meio de proporcionar oportunidades de servir. Companheiro, expressão latina derivada de cum panis, que significa aquele com quem se divide o pão. E no caso de Lions e Rotary, o pão a ser dividido é o ideal de servir. Companheirismo, termo que em certas circunstâncias parece confundido com amizade, embora haja profunda diferença entre o primeiro, que cria laços de compromissos com uma causa, enquanto o segundo estabelece relações afetivas entre pessoas. A propósito desses termos, vale reconhecer que por mais que seja louvável que do convívio fraterno surja amizade entre companheiros, é o Companheirismo que une diferentes indivíduos fazendo desses Clubes organizações sempre pujantes.
Traços corporativos mostram que ambas as entidades traduzem propósitos bastante semelhantes. Mas dois pontos em comum se destacam na missão de cada organização: SERVIR; e PAZ e COMPREENSÃO MUNDIAL.

Associação Internacional de Lions Clubes

Dar poder aos voluntários para que possam servir suas comunidades e atender suas necessidades humanas, fomentar a paz e promover a compreensão mundial através dos Lions Clubes.

Rotary International

A Missão do Rotary International é servir ao próximo, difundir a integridade e promover boa vontade, paz e compreensão mundial por meio da consolidação de boas relações entre líderes profissionais, empresariais e comunitários.

Longe de ser mera coincidência, esses três pontos fazem parte de um ideário que atrai o interesse permanente de novos líderes empresarias por juntarem-se a seus comuns, fazendo a renovação do tecido social que tem possibilitado o a existência sustentável de Rotary e de Lions.

“Sempre questionei a existência de um motivo para haver guerra. Ao ler e ver histórias em que o ser humano é o único ser que mata por prazer e de forma banal, além do necessário, isso sempre assustou-me. O que faz uma pessoa odiar tanto a outra a ponto de desejar que ela morra? Como pode uma criança ser treinada para a guerra? Como viver em escombros e envolta de tanta destruição? Descobri que para eu influenciar o Mundo a ter Paz e a Compreensão Mundial preciso praticar no meu mundo individual e particular. Tenho minhas próprias guerras a enfrentar, meus conflitos a serem negociados e principalmente a minha luta diária. Acredito que a partir do momento que eu cultivar a Paz no mundo em que eu sou o Todo Poderoso, estarei fazendo a minha parte para que o Mundo de um modo geral tenha a Paz e a Compreensão Mundial. Quando eu pratico a Paz, ajudo na conspiração em favor da Paz. Quando eu passo a compreender os idosos, os jovens e aqueles que são diferentes de mim, estou ajudando o Mundo a ter a Compreensão Mundial. Por isso que eu posso ajudar neste processo, e tenho que fazer a minha parte.”

Assim o Companheiro em Rotary Márcio Medeiros, Governador do Distrito 4510 inspira seus Companheiros a servir como construtores da paz.
Rotary e Lions, fenômenos dos tempos modernos cujas atividades se superam a cada dia como fruto da criatividade dos voluntários que as integram. Com alegria, seus associados dão de si, antes de pensar em si, como dizem os Companheiros em Rotary. Quando se trata de aceitar desafios, sua resposta é simples: “Nós Servimos”, como afirmam os Companheiros em Lions.

Sim, servem, sem pensar em si mesmos. Esses incansáveis voluntários atuam nos mais variados campos das atividades humanitárias. Saúde, educação, moradia, erradicação da miséria, proteção ao meio ambiente, resolução de conflitos, aperfeiçoamento de lideranças, apoio em catástrofes, e em tudo o mais que se faça necessário, lá estarão Companheiros Rotarianos e Leões trabalhando incansavelmente para que condições dignas sejam proporcionadas a todos, independentemente de suas diferenças sociais, étnicas, religiosas, culturais, etárias, de opção sexual, ou qualquer outra.

Gerações de líderes se revezaram ao longo de décadas para que Lions e Rotary chegassem até aqui com a grandiosidade que se apresentam à sociedade. Pessoas que fizeram, e permanecem fazendo a diferença na sociedade humana. Nem melhores, nem piores que ninguém: apenas desejosos de contribuir para a construção de um Mundo onde a paz e a compreensão sejam constantes e duradouras. Profissionais e empresários que dignificam os mercados por suas atitudes em seus ambientes de negócios. Gente comum no seu modo de ser, mas que fazem diferença por seu comportamento de elevado padrão de ética e conduta moral. Gente bondosa, confiável, agradável, que promove o desenvolvimento do próximo. Gente que se importa, que se interessa, que se incomoda, que se inquieta, que produz, que afaga, que é solidária, que sorri, que ama a vida e o próximo. Gente especial, no mais estrito sentido da palavra.

Lions e Rotary, parceiros das Nações Unidas e das organizações a ela vinculadas. Rotarianos e Leões que participaram ativamente dos acontecimentos no Século XX, anos marcados por guerras sangrentas, por descobertas científicas que mudaram o rumo da humanidade, por avanços nas pesquisas aeroespaciais e marítimas. Anos em que a construção e a que do Muro de Berlim ocorreram; em que a era industrial deu lugar à era do conhecimento. Anos de autenticas revoluções sociais, de reequilíbrio de forças internacionais, de modificação de desigualdades, de encurtamento de distâncias, de aumento significativo da longevidade, da liberdade sexual, da discussão mundial do papel das minorias. Século em que a geração libertária dos anos 46 a 64 (os Baby Boomers), deu lugar à juventude competitiva dos anos 65 a 79 (a geração “X”), e logo adiante à juventude plural dos anos 80 a 2000 (a geração “Y” ou Millenial). E em todo o desenrolar desses avanços se fizeram presentes Leões e Rotarianos como atores da cena social, como agentes da mudança, como instrumentos da paz.

Uma questão importante pode colaborar para maior clareza quanto à importância do papel de Rotary e Lions nesses acontecimentos. E a pergunta é singela, talvez sem resposta objetiva: Como seria o Mundo nos dias atuais sem a existência de Rotary e Lions? Aqueles que perfilam nesses Clubes “sabem” o quanto teria sido diferente ... Ou seja, Lions e Rotary tiveram e continuarão tendo contribuições decisivas para o progresso da Humanidade.

Ora, se tantos pontos lhes são comuns, e tão poucas diferenças existem entre ambas, como será o Mundo se esses Companheiros puderem se conhecer, se aproximar e, respeitadas as características da cultura de cada organização, puderem realizar ações complementares, em verdadeira parceria? Certamente o Mundo será ainda melhor.

Na atualidade muitos conceitos empresariais são revistos, verdadeiramente repaginados. Hoje, até mesmo concorrentes se tornam parceiros. Da era do “ganha/perde”, em que uma empresa aumentava seu volume de negócios às custas da redução de volume de suas concorrentes, a sociedade evoluiu para a era do “ganha/ganha”, em que até concorrentes podem ganhar em parcerias estratégicas.

Ora, Rotary e Lions jamais foram e jamais serão concorrentes no estrito sentido da palavra. Contudo, tem em comum a busca pelos mesmos recursos escassos estratégicos: Líderes. Significa imaginar que ações complementares ou em parceria podem ser benéficas para ambas as organizações, projetando positivamente seus integrantes e o trabalho que promovem para o bem comum em favor da paz e da compreensão, atraindo assim ainda mais a atenção de novos contingentes de líderes que possam se somar a cada uma delas.
Líderes mundiais dessas duas extraordinárias organizações vêm promovendo já há alguns anos, encontros mundiais que propiciam essa visão por parte de lideranças regionais. Augustin Soliva e Luis Vicente Giay foram pioneiros e forjaram seguidores. Que seus exemplos sejam inspiradores para que outros encontros sejam promovidos, como o empreendido pelos corajosos Governadores Márcio Medeiros e Ricardo Komatsu, do Distrito 4510 de Rotary International e do Distrito LC8 de Lions Internacional na Cidade de Marilia, neste memorável Sábado 17 de março de 2012.

Os Companheiros Márcio e Ricardo ampliam os gestos praticados há 10 anos atrás pelos Governadores Joper Padrão e Marise Athayde, do Distrito 4570 do Rotary International e do Distrito LC1 de Lions Internacional, quando a convite do primeiro, a Governadora Marise entronizou a Bandeira de Lions na abertura da Conferência do Distrito 4570 de Rotary, permanecendo as Bandeiras lado a lado durante 3 dias até o encerramento do encontro máximo de um Distrito rotário.

Também ampliam acontecimentos como as reuniões conjuntas promovidas pelo Companheiro em Lions o médico Izidoro Flumignan, Presidente do Lions Clube do Rio de Janeiro, Mater Clube do Brasil e a Companheira em Rotary a advogada Suely Manhães, Presidente do Rotary Club Rio de Janeiro – Tijuca, em que o tema central “Os desafios do Lions e do Rotary diante das novas tecnologias e valores deste século” foi desenvolvido por 4 Governadores de ambas as organizações, num painel extraordinariamente rico, primeiramente na assembleia do Lions conjunta com o Rotary, e em menos de um mês numa reunião ordinária do Rotary conjunta com o Lions, no Rio de Janeiro, em 2011.

Essa trajetória de sucesso vem sendo fruto da visão ousada de uma advogada, pessoa muito especial, que acompanhou em vida o seu marido, advogado dedicado a causas humanitárias. Trata-se da Companheira em Lions Zelonada Ribas, do Lions Clube do Rio de Janeiro. A Companheira Zeloanda recebeu o título de Companheira Melvin Jones e em ato contínuo o de Companheira Paul Harris, em reconhecimento por significativas doações às Fundações de cada entidade. Incansável, foi essa Dama quem promoveu a aproximação mencionada de 10 anos atrás. Sem cessar a sua determinada busca pela aproximação, acabou sendo reconhecida como associada honorária de três Rotary Clubs do Distrito 4570: os de Laranjeiras, Flamengo e Glória. Ou seja, uma Companheira em Lions e em Rotary!

Poeta com vasta obra dedicada a Lions, Zeloanda brindou a todos com a invocação de abertura da reunião conjunta de 2011:

Senhor!

Na imensidão do firmamento
O astro-rei vive a brilhar
E longe vai meu pensamento
Para poder te invocar !

Invoco a Deus, neste instante
E sei que ele está me ouvindo
Pois vejo em cada semblante,
Um coração sorrindo !

Invoco, sim, pela paz,
Por nossos Governadores,
Por Leões e Rotarianos
Que nos dão os seus favores !

Senhor !

Invoco, por este encontro,
Onde se soma a experiência
E o Rotary e o Lions
Afirmam sua sapiência

Invoco, neste momento,
De respeito e gratidão
Que haja, sempre, um Rotariano
Onde houver um bom Leão !

Invoco a felicidade
Para todos que aqui estão
Pois cada um, na verdade,
Tornou-se um belo Padrão !

Invoco! Invoco e agradeço
Para uma vida louçã,
Que o LIONS seja um sucesso
No ROTARY, Hoje e Amanhã!!!

São caminhos para o futuro; são mais que hipóteses ou planos, são ações práticas de parceria que podem ser encorajadas e que certamente nos mostrarão, ao longo da caminhada, que rumo certo tomar em cada situação, em cada localidade e no plano mundial.

“Acredite que basta uma pessoa para fazer a diferença. Acredite que o mundo inteiro pode ser transformado quando trabalhamos unidos, como Leões (e Rotarianos). Acredite que o transformar de uma vida – ou do mundo inteiro – começa dentro de cada um de nós. EU ACREDITO”, como afirma o Presidente Internacional de Lions Wing-Kun Tam.

“A mudança é a razão pela qual estamos aqui e é o que buscamos, pois estamos insatisfeitos com o menor denominador comum. Vemos o mundo diferente de como ele é, mas sim como deveria ser, e acreditamos, assim como Gandhi, que devemos ser a mudança que desejamos ver no mundo. Por isso, Conheçam a Si Mesmos para Envolver a Humanidade; tenham coragem, abram suas mentes e corações para novas possibilidades no servir e que permaneçam no caminho certo”, como propõe o Presidente de Rotary International Kalyan Banerjee.

Enfim, sementes vêm sendo plantadas em solo fértil e generoso. Estas sementes germinarão. E, como nos versos de Fernando Pessoa, tenhamos como certo que “A alma é divina e a obra é imperfeita. Este padrão sinala ao vento e aos céus, que, da obra ousada, é minha a parte feita. O por-fazer é só com Deus”.

Obrigado!

Joper Padrão do Espirito Santo
Marilia, 17 de março de 2012