Em 11 de abril de 2014 tive a honra de proferir, da Tribuna da Casa de Mauá, a homenagem prestada ao engenheiro José Alfredo Charnaux Sertã, prestada pelo Conselho Empresarial do Meio Ambiente e Sustentabilidade da Associação Comercial do Rio de Janeiro.
Esse grande brasileiro merece ter sua trajetória reconhecida e registrada e eu, como seu admirador, faço a minha modesta parte ao gravar o texto de referência que adotei.
Ao engenheiro, ilustre amigo e incansável líder, minhas sinceras homenagens.
Joper Padrão do Espirito Santo
José
Alfredo Charnaux Sertá
Personalidade
e Referância na Socidade Fluminense
Nascido em Niterói em
09/03/28, filho de Alfredo Sertã, advogado e dentista, nascido em Nova Friburgo
e de Maria Helena Charnaux Sertã, filha de família francesa e das Minas Gerais,
de onde advém o sobrenome Charnaux.
Menino, José Alfredo
completou seu curso básico bastante marcado pela influência de pais e avós, um
dos quais foi proprietário de um tradicional Colégio em Niterói nas décadas de
1910 a 1930. Seu pai atuou como dentista até os últimos dias de sua vida. Sua
mãe foi professora de renome tendo participado desde a reabertura da Aliança
Francesa no Rio de Janeiro após a 2ª Grande Guerra e também nos Colégios
Lafayette e Sacre Coeur de Jesus, ambos na Tijuca.
Seus estudos básicos se
dividiram entre os Colégios Santo Ignácio e São José Marista na Tijuca aonde
residiu até casar-se com Cezith Olivia Sertã, também de tradicional família de
Nova Friburgo, onde tiveram uma convivência notória e notável segundo suas
próprias palavras.
O Casal recém-formado foi
fixar residência no Jardim Botânico. Nessa época José Alfredo já estava
graduado como engenheiro civil, formado pela Escola Nacional de Engenharia da
Universidade do Brasil, e trabalhava no antigo Estado do Rio de Janeiro, no
setor de engenharia sanitária, para a Comissão de Águas e Esgotos do Rio de
Janeiro, entre os anos de 1951 a 1958. Nessa época, teve atividades correlacionadas
com os projetos de abastecimento de Niterói e São Gonçalo, dos serviços
industriais das Cidades do Interior e a implantação da primeira adutora de
Bacaxá, para o abastecimento da Região dos Lagos.
Após sua passagem pelo setor
de saneamento, José Alfredo passou a atuar no setor siderúrgico, assumindo a
Superintendência da Companhia Ferro e Aço de Vitória, em Vitória do ES. Lá
residiu e atuou entre os anos de 1958 a 1965 participando intensamente dos
projetos de ampliação da “Ferro e Aço” e dos projetos básicos da futura Usina
Siderúrgica de Tubarão. Sua atividade foi tão marcante que há nessa localidade
uma rua, que dá acesso à Usina de Ferro e Aço de Vitória, com o seu nome “Rua
Engenheiro José Sertã”.
De 1965 em diante José
Alfredo se transferiu para uma empresa metalúrgica – a Companhia Ferro
Brasileiro, onde iniciou a sua atuação como Assessor da Diretoria e mais adiante
seu Diretor Geral. Subsequente, até se aposentar, José Alfredo participou do
Conselho de Administração da Companhia Metalúrgica Barbará.
Nessa longa jornada, José
Alfredo trabalhou em indústria que fabricava produtos e equipamentos para o
setor de saneamento para todo o Brasil e para o exterior. Nas suas atividades
profissionais José Alfredo teve uma atuação muito intensa em projetos de
desenvolvimento na indústria siderúrgica e no setor de saneamento no País.
Fruto dessa experiência José
Alfredo dedicou grande parte de sua vida como voluntário na Associação
Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – a ABES, desde os seus primórdios, em 1965, um
de seus pioneiros. Na ABES José Alfredo sempre foi eleito para cargos de
Direção, tanto na Seccional do Rio de Janeiro, quanto em sua representação
Nacional.
Pela Abes José Alfredo foi
reconhecido em novembro de 2003 com o Prêmio Medalha Quiron, do Plano Nacional
da Qualidade do Saneamento “pela sua imprescindível contribuição na criação do
Projeto PNQS – “Mérito do Desenvolvimento Ambiental no Brasil”. Pela Prefeitura
da Cidade do Rio de Janeiro José Sertã recebeu o Prêmio Parceiros do Meio
Ambiente em 2012, “por sua destacada ação por um Rio+ Sustentável”
O casal José Sertá e Cezith
Olivia teve 5 filhos: Marcelo, Fábio,
Angelo, Maria Cecilia e Maria Olivia, dos quais a família produziu 13 netos.
O que de muito interessante
José Sertá traz em sua longa trajetória de vida é a sua atuação nos recursos
hídricos tendo participado intensamente das atividades do CEIVAP – Comitê de
Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, do Conselho Estadual de
Recursos Hídricos (tendo sido eu Presidente em 2002) e em outros colegiados,
como o Conselho Empresarial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da
Associação Comercial do Rio de Janeiro e o Conselho Empresarial de Recursos
Hídricos da FIRJAN.
Sertã também presta sua
colaboração ao Conselho de Desenvolvimento e Conselho Fiscal da Pontifícia Universidade
Católica – PUC Rio, bem como uma participação no âmbito das atividades
pastorais da Arquidiocese do Rio de Janeiro. e também da Associação dos
ex-Alunos do Colégio Santo Ignácio.
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